Da Redação
MANAUS – Os deputados estaduais Dermilson Chagas (Podemos), Wilker Barreto (Podemos) e Delegado Péricles (PSL), de oposição, protocolaram na terça-feira, 16, um pedido de abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar, entre outros fatos, a crise de oxigênio no Amazonas e o contrato de aluguel do Hospital Nilton Lins.
No requerimento, os parlamentares afirmam que o contrato de aluguel, que chegou a ser suspenso pela justiça em abril de 2020, tem suspeitas de “improbidade administrativa, malversação de recursos públicos e de superfaturamento”.
Ainda de acordo com os deputados, os fatos que motivam a abertura da comissão também ocorreram em janeiro de 2021 com a crise de oxigênio nos hospitais públicos e particulares de Manaus. Na ocasião, pessoas morreram asfixiados e os governos federal e estadual tiveram que transferir pacientes para outros estados.
“Se estende o fato determinado quando o governo do Estado inicia o ano de 2021 com uma dilapidação social nunca vista na história do Amazonas, descontrolando toda a rede de saúde com a crise do Oxigênio, sendo necessário e oportuno apurar as denúncias de que o governo não se preparou mesmo quando avisado para o aumento da demanda”, diz trecho do requerimento.
Os parlamentares citam ainda gastos com publicidade. “O Executivo liberou em período pandêmico o valor total de R$ 155.072.239,10 (cento e cinquenta e cinco milhões, setenta e dois mil, duzentos e trinta e nove reais, e dez centavos) destinados ao pagamento dos contratos de publicidade do governo do Estado do Amazonas”, diz outro trecho do documento.
O deputado estadual Saullo Vianna (PTB), que compõem a base do governo na Assembleia Legislativa do Amazonas, afirma que o pedido de abertura de CPI é “mais uma questão política do que, de fato, de fiscalização de recursos públicos”. Vianna citou como exemplo a sanção da nova lei do gás que ocorrerá nesta quarta-feira, 17, pelo governador Wilson Lima (PSC).
“(O requerimento) só deve ter assinatura do Wilker e do Dermilson. (…) Eu acho que o momento é para discussões maiores. Hoje, por exemplo, a maior discussão aqui no plenário da Assembleia é sobre a sanção da lei do gás, que vai trazer uma nova oportunidade para o estado do Amazonas de geração de emprego e renda e desenvolvimento no interior. Hoje nós temos pautas mais importantes”, disse Vianna.