Da Redação
MANAUS – O deputado estadual Saullo Vianna (PTB) é alvo de busca e apreensão na manhã desta segunda-feira, 23, em Manaus, na Operação Ponto de Parada da Polícia Federal. Segundo a PF, empresa é investigada em inquérito sobre fraude em licitação para fornecimento de transporte escolar no município de Presidente Figueiredo (a 107 quilômetros da capital). A PF apura se Vianna é sócio oculto da empresa.
Os agentes federais cumprem quatro mandados de prisão em Manaus e sete de busca e apreensão. A Justiça também determinou o sequestro de bens no valor de R$ 13 milhões.
A licitação ocorreu em 2017. A PF investigou que outra empresa de Vianna perdeu a licitação na época, mas a qual ele seria sócio oculto venceu a concorrência. A PF investiga crimes de fraude em licitação pública, lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos.
Segundo as investigações da Polícia Federal, duas empresas concorreram a uma licitação da Prefeitura de Presidente Figueiredo, no ano de 2017, para fornecimento de transporte escolar, mas uma delas “cobriu” a proposta da outra, com o intuito de dar aparência de legitimidade na concorrência.
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De acordo com o laudo técnico da perícia, diversos itens restringiam o caráter competitivo da licitação. Ficou constatado ainda que a empresa vencedora subcontratou, de maneira integral, os serviços de transporte escolar. Na ocasião, ela recebeu R$ 12.989.072,99 e gerou um superfaturamento por sobrepreço no serviço de, aproximadamente, R$ 4 milhões.
A Polícia Federal identificou que o grupo investigado realizou saques e movimentações de elevadas quantias em espécie a fim de encobrir os lucros obtidos com a prática criminosa.
A PF investiga, também, a participação de um empresário que atuava na cadeia de comando, auxiliado por membros da família, sendo um dos beneficiários diretos dos desvios praticados pela empresa investigada.
Os indiciados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de fraude à licitação, peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Se condenados, poderão cumprir pena de até 30 (trinta) anos de reclusão.
O nome da operação faz referência aos locais de embarque e desembarque dos alunos da rede pública que utilizam o transporte escolar.