Por Vinícius Novais, do Estadão Conteúdo
BRASÍLIA – A deputada federal Talíria Petrone se reuniu nesta quinta-feira (12) com a presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Cármen Lúcia, para falar sobre as ameaças que sofre há 8 anos. A ex-deputada, Manuela D’ávila e a produtora cultural e fundadora do Movimento 342, Paula Lavigne, acompanharam o encontro.
A reunião foi uma iniciativa da deputada que buscou a ministra por ela estar “empenhada em combater a violência política de gênero e raça”.
Segundo Manuela, “os casos [de ameaça contra Talíria] não são apurados da maneira mais adequada”. Mesmo registrando ameaças desde que foi eleita vereadora, o principal motivador do encontro foi a ameaça que Talíria sofreu durante o pleito de 2022.
No dia 29 de julho, a deputada relatou que recebeu e-mails a atacando com termos racistas e machistas a ameaçando de morte. O criminoso ainda exigia que ela renunciasse de seu mandato na Câmara Federal e de sua candidatura à prefeitura de Niterói (RJ) As ameaças de morte eram seguidas de detalhes de sua vida pessoal e sua rotina, inclusive citações a seus filhos.
Segundo a deputada, ela não recuará diante das ameaças e terá “duas vezes mais forças”. A parlamentar classificou o episódio como um “ataque a toda a democracia”.
Segundo dados do TSE, dos 155,9 milhões, 81,8 milhões são mulheres, o que representa 52%. Por outro lado, das 462 mil candidaturas deste ano, apenas 34% delas, equivalentes a 158 mil, são de candidatas mulheres. Atualmente, 674 prefeituras têm administração feminina, de um total superior a 5,5 mil municípios.