MANAUS – Depois do cancelamento da licitação dos radares pelo prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB) nesta segunda-feira, 26, ele adotou a postura de juiz e disse estar verificando com “olhos de lupa” todas as licitações em curso no Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans). AO AMAZONAS ATUAL, Arthur afirmou que mandou suspender uma licitação em curso no órgão referente à inspeção veicular depois de ouvir insinuações sobre o processo. “Senti um certo ruído e resolvi dar atenção”, afirmou.
Arthur afiançou que está “olhando” pessoalmente todas as licitações, mas não disse quando vai retomar o processo de contratação de nova empresa para a instalação dos radares. O ATUAL procurou o Manaustrans para ter acesso a detalhes dessa licitação sobre inspeção veicular, mas a assessoria de imprensa do órgão disse que o assunto é de competência da Superintendência Municipal de Transporte Urbano (SMTU). Procurado, o diretor-presidente da SMTU, Pedro Carvalho, disse que o assunto é de competência do Manaustrans.
Substituto no Manaustrans
Arthur informou que está entrevistando duas pessoas de fora da prefeitura para assumir o comando do Manaustrans e que até o fim desta semana deverá anunciar o nome do substituto de Paulo Henrique Martins. Para o órgãos de fiscalização de trânsito não ficar à deriva, segundo o prefeito, assume interinamente o diretor de Operações, Raimundo Encarnação.
O ex-diretor-presidente Paulo Henrique Martins pediu exoneração do cargo na tarde desta segunda-feira, 26, após o prefeito Arthur Virgílio Neto cancelar a licitação que sagrou como ganhador do certame o consórcio Manaus Seguro, que tem entre as empresas consorciadas uma do mesmo dono da Consladel. Com o sócio da antiga empresa de radares, que está respondendo a processo na Justiça, levantou-se suspeitas de direcionamento da licitação. Paulo Henrique Martins nega veemente qualquer irregularidade no processo.