MANAUS – Num piscar de olhos o preço do litro da gasolina comum em Manaus subiu 17,5%. Saiu de R$ 3,65 para R$ 4,29 na maioria dos postos da capital. No interior do Estado os preços são ainda mais desanimadores para o consumidor.
A justificativa de aumento de preços em Manaus foi o reajuste praticado pela Petrobras no dia 13, quinta-feira. No dia seguinte, os postos de Manaus começaram a ajustar as bombas.
Mas o que ninguém explica, a não ser o chamado livre mercado, é porque o reajuste da Petrobras no preço da gasolina foi de 4,25% e os postos elevaram-no em 17,5%.
Em Manaus, a Petrobras vendia o litro da gasolina A a R$ 1,5589 desde o dia 31 de julho e elevou para R$ 1,6251 no dia 13. Antes do dia 31 de julho, o litro era vendido a R$ 1,628,10 pela Petrobras em Manaus.
O livre mercado virou uma terra sem lei, e o consumidor fica de mãos atadas, porque, apesar de cinco distribuidoras operarem na capital, os preços são iguais em todos os postos, com exceções raras, apenas para não parecer que há combinação de preços.
Por outro lado, o debate iniciado no início deste ano sobre a redução de impostos dos combustíveis caiu no esquecimento.
O fanfarrão do presidente da República jogou para a plateia, desafiando os governadores a zerarem o ICMS para que ele retirasse os impostos federais. Não deu em nada, como já era esperado.
Bolsonaro não queria resolver o problema. Se quisesse, teria chamado os governadores para o debate antes de os insultar.
Como nesse jogo é a torcida (consumidor) que paga a conta, ninguém está interessado em reduzir os preços, pelo contrário. Cada vez que aumenta, os governos ganham mais com a arrecadação tributária.