Por Iolanda Ventura, da Redação
MANAUS – O CRM (Conselho Regional de Medicina do Amazonas) recomendou o uso de cloroquina e hidroxicloroquina para pacientes com a Covid-19 com sintomas leves, moderados e graves. A Resolução nº 101 /2020 dessa quarta-feira, 8, chamou a atenção do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Educação Abraham Weintraub, defensores do medicamento, embora não exista comprovação de sua eficácia, que compartilharam a recomendação nas redes sociais. Até o momento, apenas internados em situação avançada recebem doses do remédio.
O presidente do CRM, José Bernardes Sobrinho, considera na resolução os resultados favoráveis obtidos em estudos realizados em hospitais asiáticos e norte-americanos com o uso de cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento de pacientes com sintomas leves, moderados e graves do novo coronavírus.
José Bernardes alega ainda que estudos preliminares realizados no Brasil indicam a eficácia do tratamento com o uso do medicamento e resolve “recomendar que o médico encarregado de pacientes portadores de COVID-19 possa indicar o tratamento a ser utilizado em cada caso, inclusive com o uso da cloroquina e a hidroxicloroquina, em pacientes diagnosticados como casos leves, moderados e graves de pneumonia por COVID-19, associada ou não à Azitromicina, desde que não possuam contraindicação ao uso dessas substâncias”, diz a resolução.
Bernardes alerta que ao receitar o medicamento, os médicos deverão obrigatoriamente medir os riscos do uso e informar ao paciente sobre o diagnóstico, o prognóstico, os riscos e os objetivos do tratamento. Devem ainda prescrever o medicamento à base de cloroquina ou hidroxicloroquina em receita especial de duas vias, conforme regra da Anvisa na RDC 351/2020, que inclui os inclui na lista de substâncias controladas.
No Amazonas, pesquisadores da FMT (Fundação de Medicina Tropical) fizeram testes com uso da cloroquina em 81 pacientes internados no Hospital Delphina Aziz, mas apenas os que estavam em estado grave.
Duas doses foram aplicadas em dois grupos de internados, uma mais alta e outra em menor quantidade. Os resultados foram positivos, uma vez que o estudo mostrou que pacientes internados nas mesmas condições em outros países que não receberam doses do medicamento tiveram 18% de letalidade, enquanto que no Amazonas o índice foi de 13%. Entretanto, os pesquisadores afirmam que em doses mais altas a cloroquina foi danosa, levando mais pessoas à internação.
Se o PT, a REDE GLOBO, a Esquerdalha toda é CONTRA a Cloroquina… pode ter certeza que ela é a solução!