Da Redação
MANAUS – O Amazonas não registrou assassinatos em conflitos por posse de terra no ano passado entre os estados pesquisados pelo Centro de Documentação São Tomás de Aquino, da Comissão Pastoral da Terra, ligada à Igreja Católica. Os dados constam no relatório ‘Conflitos no Campo: Brasil 2018’, divulgado na quarta-feira, 17.
O documento registrou 15 mortes no Estado do Pará. Em Rondônia foram 6, na Bahia e no Mato Grosso ocorreram duas mortes, e na Paraíba, um assassinato.
Em 2018, o número de pessoas envolvidas em conflitos no campo foi de 960.630 em todo o país, alta de 35,6% em relação ao ano anterior, que teve 708.520 pessoas envolvidas. O acirramento dos conflitos levou a expulsão de 2,3 mil famílias, que fugiram de ações violentas, e 11,2 mil famílias que foram despejadas de suas moradias devido a ação da Justiça. “Três regiões foram responsáveis pela maior parte das expulsões. A Região Norte, com 36,3% das famílias expulsas; a Sudeste, com 35,6 %; e a região Centro-Oeste com 24,9%”, diz o relatório.
Nesse mesmo período, foram contatados outros tipos de crimes como o trabalho escravo em todas as regiões do país, totalizando 86 ocorrências, 1.465 pessoas libertadas, sendo que 27 delas eram menores de idade. As regiões Norte e Sudeste tiveram o maior número de ocorrências (17), seguidas de Nordeste (15), Centro-Oeste (13) e Sul (4).