MANAUS – A expressão “o cão correndo atrás do próprio rabo” sintetiza bem o que foi o trabalho de quatro meses da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Assembleia Legislativa do Amazonas, concluída nesta terça-feira, 20.
Ao concluir que há “indícios de alinhamento de preços”, a CPI não avança um milímetro, pois o ponto de partido, que justificou o pedido de investigação, foi exatamente o visível alinhamento de preços nos postos de combustíveis.
Na apresentação feita à imprensa, a relatora da CPI, deputada Alessandra Campêlo (MDB), diz que é preciso uma investigação policial mais aprofundada para se tentar provar a existência de cartel, mas não há recomendação neste sentido no material impresso distribuído pela própria CPI.
À Polícia Civil há apenas a “Indicação ao Delegado Geral da Polícia Civil do Estado do Amazonas para editar portaria atribuindo a competência à Delegacia de Combate ao Furto de Energia, Água, Gás e Serviços (DEFS) para atuar junto aos casos de fraude e adulteração de combustíveis.”
No fim das contas, a CPI não incomodou ninguém; terminou como começou.