Do ATUAL
MANAUS – O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) criticou nesta quinta-feira a militância bolsonarista que pressiona o pai dele, o presidente Jair Bolsonaro (PL), e pediu empatia às “pessoas ditas ‘do bem'”. Em publicação no Instagram, o filho de Bolsonaro alegou que os sacrifícios do pai foram esquecidos e reclama de falta de compaixão.
“Por que as pessoas ditas ‘do bem’ não fazem o simples exercício de se colocar no lugar do próximo? Como algumas pessoas podem esquecer tão rápido os sacrifícios de um homem que praticamente deu sua vida, remando contra uma maré de podridão, com resiliência persistente de modo a conseguir avanços nunca imaginados, e banalizá-lo como se todo um processo tremendamente complexo dependesse somente dele?”, escreveu.
Carlos Bolsonaro afirma que o esforço do pai é “banalizado” porque ele não tem “o poder de estalar os dedos e resolver tudo” e que é alvejado sem piedade por quem não sabe o que está acontecendo.
“Não há respeito, não há nada que gente imediatista e incapaz de compreender possa levar em consideração. É o ‘quero já, se vira, arruma, resolve’. Alguém sequer para para pensar se é humanamente possível ?”, disse.
O vereador, que sempre cuidou das redes sociais do pai, alega que há muitas coisas que deveriam ser levadas em consideração. “Há muita gente validando atos de covardia extrema diante de um cenário de pura narrativa, narrativa esta desprovida de fatos. Por que tanta ingenuidade, se é que é mesmo o caso ?”, questionou.
Carlos Bolsonaro classificou como inocentes, sujos ou caçadores de likes os que criticam o presidente. “Infelizmente não há compaixão e muito menos maior reflexão diante do quadro. Prefiro não falar tudo que penso para evitar incompreensões. Sigamos em frente”, concluiu.
Durante a campanha, Bolsonaro declarava que era “imorrível, imbrochável e incomível”, chegando a exibir uma medalha do “Clube Bolsonaro” com os dizeres. Também afirmou que não iria desistir diante das dificuldades e dos ataques sofridos.
Desde o resultado do segundo turno das eleições 2022, quando Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhou o pleito, Bolsonaro vive recluso, com agenda oficial enxuta e número reduzido de postagens nas redes sociais. Em evento militar no último dia 5 de dezembro, o presidente chorou, mas se manteve calado.
Canalha esse Carlos Bolsonaro.
Compaixão, empatia?
E os mais de 800 mil mortos pela COVID?