A Câmara Municipal de Iranduba vem fazendo vista grossa para o caso dos três vereadores que estão presos em Manaus desde novembro do ano passado. Roberto Bandeira (PSD), Antônio Gerlande (PTN) e Antônio Alves Filho (PT) foram presos na Operação Dízimo, da Polícia Federal, e são acusados de participar de um esquema de desvio de recursos em contratos com a Prefeitura de Iranduba para compra de merenda escolar, transporte escolar e até de verba federal destinada às vítimas de desastres naturais, como é o caso da cheia dos rios no Amazonas. Em fevereiro passado, a mesma Câmara Municipal cassou o mandato do prefeito Xinaik Medeiros, que foi preso uma semana antes dos vereadores, por crimes semelhantes, mas até agora não abriu processo de cassação do parlamentares. Nesta semana, os vereadores anunciaram uma manobra para substituir os três veraedores, sem submetê-los a um processo de cassação. O presidente prometeu empossar os suplentes e considerar que os vereadores perderam o mandato por ausência em plenário. Os suplentes, inclusive, chegaram a convidar os amigos e parentes para a posse, nesta terça-feira, 26, mas o presidente da Câmara, Francisco Elaine (PSD), recuou e não deu posse. Os críticos dessa medida dizem que afastar os vereadores por falta em plenário os livraria de ficarem inelegíveis nas eleições deste ano, caso sejam soltos até o período de formalização de candidaturas.