Aliados do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB), confidenciaram à coluna que é rápida e contínua a aproximação entre ele e o ex-deputado estadual Marcelo Ramos, que tem 23 dias para achar um partido se quiser se viabilizar como candidato nas próximas eleições. Ramos, que disse a amigos que Braga seria a última porta a bater, corre o risco de até pedir ajuda ao ex-adversário das eleições passadas, caso não consiga esta semana uma legenda. O ex-comunista e ex-socialista espera que o cacique pemedebista lhe consiga um partido, mas tudo deve ocorrer de forma discreta e sutil. A estratégia de Braga é a de “dividir para conquistar” e, para ele, não importa se isso implica em ajudar ex-adversários. Entre as demonstrações de seu plano para 2016 está o apoio que ele declarou, no mês passado, a três aliados para o mesmo cargo de prefeito da capital nas eleições do ano que vem: os deputados federais Hissa Abrahão (PPS) e Marcos Rotta (PMDB), e ex-deputada Rebecca Garcia (PP). Em entrevista ao AMAZONAS ATUAL, neste domingo, 6, Ramos disse que Braga e o prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB) se esforçavam para que ele não tivesse um partido para disputar as eleições de 2016.
Crítica repentina
Entre as suspeitas de que Marcelo Ramos pode ter fechado um acordo de “cavalheiro” com Eduardo Braga está a repentina mudança nos temas abordados em seus artigos. O último ataca claramente o PSDB do prefeito Arthur Virgílio Neto e a própria gestão tucana. Nele, Ramos diz que o “PSDB não é capaz de guiar os rumos do país para a superação dessa crise” e que “falta aos tucanos coerência e responsabilidade”. “Suas gestões, que diga a Prefeitura de Manaus, de nada diferem do modo de governar petista”, escreveu o ex-deputado, que foi um dos maiores apoiadores da campanha de Arthur em 2012.
Cuspiu no prato
Depois de ficar quase cinco anos como superintendente do Trabalho no Amazonas graças à indicação de seu partido, o PDT, cargo que o gabaritou para o mandato de deputado estadual, Dermilson Chagas sai da legenda disparando contra os filiados e dirigentes da sigla. Ele concedeu entrevista nesta segunda-feira, 7, ao Jornal A Crítica, para dizer, em outras palavras, que vai sair do PDT, porque se sente discriminado e perseguido.
Outros interesses
Para membros do PDT, Dermilson deve deixar a sigla, porque não conseguiu o comando do partido, como queria desde o ano passado. O presidente de honra da legenda, Amazonino Mendes, preferiu manter a liderança com seu fiel escudeiro, Stones Machado, que, apesar de não ter mandato, o “chefe” deposita mais confiança de que no parlamentar.
Professor celebridade
Celebridade entre os internautas biólogos e estudantes da área, o Professor Jubilut, de Santa Catarina, com mais de 2,7 milhões seguidores no Facebook, envolveu Manaus em uma grande polêmica nesta segunda-feira, 7. Questionado por uma seguidora quando ele viria a Manaus fazer uma palestra, ele respondeu que não tinha previsão porque um servidor da prefeitura havia lhe cobrado propina para liberar o evento.
Sem provas
O problema é que Jubilut não explica quais as circunstâncias da cobrança de propina e nem quem foi o autor do pedido ilícito, mesmo questionado inúmeras vezes pelos seus seguidores. Resultado: a suposta denúncia ficou no vazio.
‘Flanelinas’ contra-atacam
Após quase cinco meses da regulamentação do projeto Zona Azul, que ordena o estacionamento no Centro de Manaus, os guardadores de carros, os “flanelinhas”, querem retomar a polêmica da proposta na Câmara Municipal de Manaus e conseguiram espaço na Casa para falar de “suas perdas” aos vereadores. Os flanelinhas são considerados o terror dos motoristas de Manaus por ameaçarem riscar os carros caso não recebam uma gorjeta por “guardar” veículos em áreas públicas.
Só, no deserto
O deputado estadual José Ricardo (PT) tem sido chamado de a “última voz solitária no deserto”, na Assembleia Legislativa do Estado. Da oposição, só o petista tem questionado as propostas e decisões do governo. Outros parlamentares que dizem estar do mesmo lado de José Ricardo – Serafim Corrêa (PSB) e Luis Castro (PPS) – têm se posicionado de foram diferente: Castro tem votado com o Governo e Serafim evita ficar em algumas votações polêmicas de mensagens governamentais.