MANAUS – A vinda do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, ao Amazonas para assinar ordem de serviço é mais um ato político que produz pouco efeito prático em torno da BR-319, que há décadas têm servido para alimentar discursos políticos.
De concreto, mesmo, não há qualquer ação. De acordo com informações publicadas no site do próprio Ministério da Infraestrutura, o trecho de 51 quilômetros, que será asfaltado, ainda está em processo de licitação.
Os demais trechos para os quais foram assinadas ordens de serviço, são os mesmos que ano após ano o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte) recupera para dar trafegabilidade no período de chuvas.
Neste ano, Inclusive, esse serviço de manutenção do trecho do meio está atrasado, uma vez que na Amazônia as chuvas começaram mais cedo, no fim de setembro.
Esse trecho de 406 quilômetros fica, no período de chuvas, praticamente intrafegável. Apenas os carros maiores conseguem vencer o atoleiro, com a ajuda de tratores.
Durante o verão amazônico – de junho a outubro –, o Dnit faz a recuperação do trecho, que volta a ficar trafegável até que as águas das chuvas comecem a destruir o pavimento.
Por isso, a necessidade de asfaltamento da rodovia. Esse asfaltamento, no entanto, precisa ser feito juntamente com obras de drenagem para evitar que o dinheiro público vire lama em poucos anos, como ocorreu com a primeira pavimentação, concluída pelos militares na década de 1970.
Portanto, de concreto, mesmo, só a manutenção do meio, para reduzir o atoleiro na estrada de barro. O resto é discurso político.
Com relação a reconstrução da BR-319, você não está sendo honesto com essas informações! Primeiro, realmente foi no governo militar que a estrada foi construída e inaugurada, assim como o Aeroporto Eduardo Gomes, porém, quem construiu a BR-319 foi a Construtora Andrade Gutierrez e fiscalizada pelo antigo DER-Am, por uma comissão criada para aquele fim (CER). Segundo, o ministro Tarcísio de Freitas, em sua declaração recente, informou que toda a Rodovia será pavimentada e construídas todas as pontes em concreto. Hoje, em sua maioria é de madeira. A estrada recebeu modificações de projeto com reforços na sua infraestrutura, expandido sua durabilidade e com elevação do grade (greide) para evitar o alagamento e atendimento a proteção à fauna. Além dos custos elevados que isso provocou, que possivelmente passarão de de 1 bilhão de reais. Na Amazônia as obras são planejadas de acordo com o período que não chuvoso. Mas, pode ter certeza, diferente de governos anteriores que não cumpriam com suas palavras junto ao povo, esse, cumprirá.
Perfeito, isso mesmo. A matéria critica quem está resolvendo o problema da obra, mas não critica os governos anteriores, os verdadeiros culpados pelo abandono da BR319. Essa promessa é velha, desde o governo ITAMAR. Quero ver quando inaugurar o que vão vão falar!!!