Os primeiros dias de Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, são desastrosos no discurso do capitão comandante. Ele diz pela manhã e assessores/ministros desdizem à tarde.
Primeiro foi a tal reforma da Previdência, que até aqui ninguém sabe o que quer o novo governo. Bolsonaro anunciou que a idade mínima para aposentadoria seria de 62 anos para homens e 57 anos para mulheres, um recuo em relação à proposta enviada ao Congresso Nacional pelo ex-presidente Michel Temer, de 65 para homens e 62 para mulheres.
À tarde, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que a proposta anunciada pelo presidente tinha a intenção de “dar tranquilidade” à população, mas não havia decisão da equipe econômica sobre o tema. E disse que Bolsonaro só tomaria conhecimento do que está sendo gestado pela equipe do ministro Paulo Guedes em duas semanas.
Depois foi a vez dos impostos. O presidente da República anunciou que elevaria a alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para operações externas. À tarde, o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, disse que Bolsonaro tinha se equivocado e não haveria necessidade de aumentar o imposto. Mais tarde, Lorenzoni convocou a imprensa para apagar o incêndio que incomodava os chamados “agentes econômicos”.
Bolsonaro também anunciou uma redução na alíquota do Imposto de Renda na faixa máxima, de 27,5% para 25%. A informação também foi negada pelo secretário da Receita Federal.
Por fim, o presidente surpreendeu a todos ao anunciar a possibilidade de instalação de uma base militar dos Estados Unidos no Brasil. Em seguida, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, confirmou a intenção.
Mas nesta terça-feira, 8, Bolsonaro fez chegar aos militares insatisfeitos com a ideia a informação de que não haverá nenhuma base americana instalada no país durante o governo dele.
Politicos roubavam de manhã e depositavam em suas contas a tarde. Assim era o antigo governo