Da Redação
MANAUS – O Basa (Banco da Amazônia) suspendeu, a partir deste mês de setembro, as linhas de investimento para clientes com faturamento a partir de R$ 4,8 milhões por ano e operações de custeio e capital de giro para novos clientes acima deste porte.
O motivo é que dos 100% dos recursos do FNO (Fundo Constitucional de Financiamento do Norte) destinados para todo o ano de 2022, mais de 90% (ou R$ 9,6 bilhões) já foram aplicados em cerca de 24 mil contratos, de janeiro a agosto. Deste volume, R$ 5,8 bilhões foram destinados aos mini e pequenos empreendedores rurais e urbanos.
“É a primeira vez na história que os recursos do FNO foram aplicados antes do final do período. O recurso está no mercado, com os empreendedores, com quem deve estar”, afirma Valdecir Tose, presidente do Basa.
Tose complementa que houve um aumento na quantidade de projetos financiados com linhas verdes, que são voltados para fomentar energia renovável, integração entre lavoura, pecuária e floresta, recuperação de áreas degradadas, e sistemas agroflorestais.
Segundo o dirigente do banco, de janeiro a dezembro de 2021 o Basa financiou 22 mil contratos. Neste ano, até agosto já foram financiados 24 mil operações. “A previsão é chegar ao final do ano e dobrar a quantidade de contratos financiados. Acredito que vamos chegar a 42 mil contratos”, destaca.
Segundo a Gerência de Planejamento do Basa, o volume global do FNO foi para operações do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar); para projetos de pequenos portes; e também aplicados nos municípios de baixa e média renda, priorizados pela PNDR (Política Nacional de Desenvolvimento Regional).
Os recursos ainda existentes serão destinados para operações do Pronaf, renovação de projetos de custeio, Pecuária Verde e Biodiversidade.
Para os grandes projetos do setor rural, o Basa disponibiliza linhas de crédito para a região norte da LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), de recursos próprios, CPR (cédula de produto rural) e crédito comercial.