Da Folhapress
SÃO PAULO – O índice de pessoas que consideram o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) bom/ótimo caiu de 24% em setembro deste ano para 19% em novembro, aponta uma pesquisa da empresa de consultoria Atlas/Intel.
Este é o menor índice já registrado pela pesquisa desde que Bolsonaro assumiu a Presidência da República. Antes, o levantamento da consultoria tinha como menor percentual de bom/ótimo o mês de abril de 2020, no início da pandemia do novo coronavírus, quando foi registrado 21%.
Ainda de acordo com o pesquisa, a porcentagem de pessoas que classificam o governo como ruim ou péssimo estabilizou, dentro da margem de erro de um ponto percentual, foi de 61% para 60%. A queda na avaliação de ótimo/bom refletiu em mudança no índice de regular -que foi de 14% a 20%.
O levantamento ainda registrou que 1% não soube responder ao questionamento.
Na mesma pesquisa, a consultoria Intel Atlas perguntou, de forma direta, se as pessoas aprovavam ou reprovavam o desempenho do presidente Bolsonaro. A desaprovação foi enunciada por 65% dos entrevistados, outros 29% disseram aprovar, e 5% não souberam responder.
Neste quesito, também houve queda no índice de aprovação de Bolsonaro em relação à pesquisa de setembro. Na ocasião, 32% das pessoas aprovavam o desempenho do presidente, sendo que a desaprovação (64%) manteve-se estável dentro da margem de erro.
A aprovação de 29% também é a menor desde que a pergunta foi incluída na pesquisa pela consultoria, em abril de 2020.
A pesquisa colheu respostas de 4.921 pessoas pela internet, via convites randomizados, entre os dias 23 e 26 de novembro. A margem de erro é de um ponto percentual para mais ou para menos, e o índice de confiança é de 95%.
A avaliação do governo, em comparação a levantamentos anteriores da Atlas, está em queda desde maio deste ano, quando o índice de bom/ótimo estava em 31%.
Em julho, o número caiu para 26%, posteriormente chegando a 24% em setembro, até cair a 19% neste mês. Este é o menor índice desde que a pesquisa começou a ser feita, no início da gestão de Bolsonaro.
Já o índice de ruim/péssimo saiu de 53% em julho até atingir o máximo de 61% em setembro -em novembro, o número ficou estável, dentro da margem de erro, em 60%.
A pesquisa ainda questionou os entrevistados sobre o maior problema do Brasil hoje em dia. Para 21,4%, trata-se da corrupção.
O tema foi seguido por pobreza e desigualdades (19,3%), inflação/preços em alta (16,7%), impostos altos e estado ineficiente (9,8%), desemprego (6,8%), crescimento econômico (6,5%), acesso à educação (5,5%), acesso à saúde (5%), criminalidade (3,9%) e degradação do meio ambiente (1,5%).
Já 3,7% dos entrevistados citaram algum outro problema.