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Inicial Política

Autor da Lei da Ficha Limpa reedita “O Nobre Deputado” às vésperas da eleição

11 de novembro de 2020
no Política
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Ex-juiz Márlon Reis lança obra sobre políticos corruptos (Foto: Divulgação)
Ex-juiz Márlon Reis lança obra sobre políticos corruptos (Foto: Divulgação)
Da Redação

MANAUS – Idealizador do projeto da Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar nº 135/2010), o ex-juiz Márlon Reis lançará a segunda edição de “O Nobre Deputado 4.0”, livro sobre corrupção. A obra deve incomodar novamente os políticos, pois Reis narra como parlamentares corruptos vivem.

No lançamento da primeira edição, Márlon Reis foi processado pelo então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, por calúnia “contra a honra de 513 parlamentares”. A denúncia de Cunhafoi arquivada e o ex-deputado, na época, foi preso por corrupção na operação Lava Jato em outubro de 2016. Em março de 2017, Cunha foi condenado a 15 anos e 4 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Reis explica de onde vem o dinheiro e como ele é usado para garantir votos para alguns políticos. “O número de políticos que têm uma liderança real é irrelevante”, escreve o ex-juiz. Na nova edição, o título traz referência às fake news e à corrupção digital.

“Você sabia que o resultado de qualquer eleição no Brasil já é definido muito antes do encerramento da votação? Antes até da abertura das urnas? Isso nos faz pensar que a vontade do eleitor não vale muito no processo. O que conta é a quantidade de dinheiro arrecadado para a campanha vencedora, que usa a verba num esquema infalível de compra de votos. Arrecadou mais, pagou mais. Pagou mais, levou. Simples assim”, diz o ex-juiz em trecho do livro.

O livro é narrado pelo deputado Cândido Peçanha, um personagem criado pelo autor, mas que existe no contexto da vida real. Faltando menos de cinco dias para as eleições municipais, “O Nobre Deputado” não poderia ser mais atual. 

Leia trecho da obra.

Estávamos com um problema em Palmeira dos Andradas (…). Todos os sucessivos prefeitos dali compuseram a minha base de apoio, e não era meu plano perder os mais de 8 mil votos (…). Tudo ficou em risco quando um jovem professor chamado Aristides Pereira, que se mudara para Palmeira uns dez anos antes, a fim de lecionar na Escola de Turismo, começou a despontar como favorito para vencer a corrida pela prefeitura da cidade.

Tinha uma excelente performance nas redes sociais e era amado pelos jovens, que o seguiam de forma espontânea e em grande número. Muito esperto, fazia postagens defendendo cuidados aos animais de rua e organizava mutirões de coleta de lixo das praias. Até criou um movimento chamado #euamopalmeira. (…) Aristides convenceu a maioria da população de que a maior riqueza da cidade eram belezas naturais e que abrir espaço para a construção da fábrica prejudicaria o nome do município de Palmeira dos Andradas como destino turístico. A pressão foi tão forte que os vereadores resolveram parar a tramitação do projeto. Também pudera, nunca se vira uma manifestação com tanta gente na história de Palmeira, todos mobilizados por meio do WhatsApp. 

(…) O prefeito Temístocles veio me encontrar em Brasília e narrou, desesperado, tudo o que estava acontecendo. Sem a instalação da indústria, não teríamos dinheiro para várias campanhas, para mim e para ele. Eu mesmo havia negociado essa parceria lá na Fazendinha. E o mais grave: o professor era agora a pessoa de maior visibilidade na cidade. Risco real de me tirar uma das minhas principais bases. O ambiente estava muito insatisfatório para o nosso grupo, até que aconteceu algo maravilhoso. Uma jovem aluna do professor Aristides procurou a delegacia no começo da manhã de uma terça-feira. Tinha suas vestes parcialmente rasgadas e aparentava transtorno. A história por ela contada mudaria os rumos da eleição em Palmeira dos Andradas. Aristides a estuprara sucessivas vezes naquela noite, mantendo-a por horas em cárcere privado. Somente pela manhã, aproveitando-se do cansaço do seu agressor, conseguiu escapar e procurar socorro policial. Nem bem terminava o seu relato, o principal jornal eletrônico da cidade, A Gazeta de Palmeira, já estampava a matéria sobre a violência sexual. Em trinta minutos, todos os moradores da cidade já tinham conhecimento dos detalhes da acusação. Logo foi expedido mandado de prisão contra Aristides, que soube da acusação quando uma turma se aglomerou em frente à sua residência. Gritavam palavras ofensivas e cobravam justiça contra o violador sexual. A polícia precisou abrir caminho entre os revoltosos para conseguir dar o devido cumprimento ao mandado prisional. Difícil foi tirar o professor incólume de sua casa, já que muitos dos que estavam ali queriam agredi-lo. A polícia tinha o dever de impedir o linchamento físico. Quanto ao linchamento moral, não havia mais o que se pudesse fazer. Logo passaram a correr nos grupos, áudios e vídeos com outras jovens afirmando também terem sido estupradas por Aristides. A sociedade estava revoltada. Haviam confiado no jovem professor, e a retribuição que ele lhes dava era violentar as filhas daquela comunidade ordeira e moralista? Tenho que confessar: precisei agir. Esse foi o primeiro teste do gabinete de guerra. O trabalho começou com a equipe inteira partindo para vasculhar toda a vida pessoal do professor. Todo mundo tem seus podres, não é mesmo? (…) Como não foi descoberto nada que verdadeiramente pudesse acabar com o crescimento político do rapaz, tivemos que apelar para a nossa criatividade. Depois de uma semana, já estava criada a campanha de destruição da imagem do tal Aristides Pereira. 

Feitosa se valeu dos seus preciosos contatos para convencer a jovem a inventar a denúncia mediante pagamento pelo valoroso trabalho prestado. O jornal que divulgou a matéria de forma sensacionalista havia sido criado pessoalmente pelo Jordel. Ele tem um para cada cidade do meu estado, veiculando só o que nos interessa. Mathias tratou de assegurar que toda e qualquer pessoa de Palmeira em idade de voto recebesse, por qualquer meio, a manchete do jornal e todas as demais postagens falsas. Os áudios e vídeos que posteriormente as pessoas receberam — relativos às novas vítimas — eram todos montados a partir de encenações e nem correspondiam a investigações efetivamente abertas na delegacia. Após pagar fiança, Aristides desapareceu de Palmeira, onde até hoje corre risco pessoal.

Nossa primeira experiência no gabinete de guerra foi excepcional. Salvamos a eleição, expulsamos o rival e ainda liberamos a construção da indústria às margens do Sumaré. Mantivemos nosso projeto político e deixamos nossas contas bancárias um pouco mais recheadas.

Sobre o autor

Márlon Reis tem 50 anos, é advogado e ex-juiz de direito. É um dos idealizadores da Lei da Ficha Limpa e autor de O Nobre Deputado e de A República da Propina. Em 2009, foi considerado pela revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes.

Reis é um dos fundadores do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE). Atualmente exerce a advocacia em diversas áreas, com ênfase no Direito Eleitoral.

É doutor em Sociologia Jurídica e Instituições Políticas pela Universidad de Zaragoza, na Espanha.

(Colaborou Hype Agência de Comunicação)

Assuntos: corrupçãoeleições municipaisMarlon ReisO Nobre Deputado
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