Da Redação
MANAUS – Rosemary Cunha Martins e Ryan Gabriel Silva, ex-servidores da Assembleia Legislativa do Amazonas, exonerados na quarta-feira, 12, suspeitos de serem “funcionários fantasmas” no gabinete da deputada estadual Mayara Pinheiro (PP), recebiam R$ 1.777,43 e R$ 2.983,99 por mês, respectivamente. Os funcionários ficaram três meses e meio na Casa Legislativa e receberam, sem trabalhar, um total R$ 14.284,26 nesse período.
Rosemary ocupava o cargo de Assessor de Diretoria 8 CC-11. Segundo a tabela de cargos e salários disponível no site da ALE, o vencimento da função é de R$ 1.936, com os descontos fica em R$ 1.777,43. A nomeação de Rosemary consta no diário eletrônico da Assembleia do dia 26 de fevereiro deste ano (Edição nº 1643) com data retroativa a 1º de fevereiro.
Ryan ocupava o cargo de Assessor de Diretoria 4 CC-7, com vencimento bruto de R$ 3.432,69. Com os descontos fica em R$ 2.983,99. A nomeação do ex-servidor foi publicada no diário eletrônico da Assembleia do dia 25 de fevereiro deste ano (Edição nº 1642) também com data retroativa a 1º de fevereiro.
De acordo com a denúncia apresentada à Procuradoria-Geral de Justiça na quarta-feira, 12, Rosemary Cunha Martins é ex-mulher de Adail Pinheiro, pai de Mayara, e mora em Portugal. Ryan Gabriel Silva é marido de Karen Pinheiro, irmã da deputada, e mora em Toronto, no Canadá.
Após a repercussão do caso, ambos foram exonerados pelo presidente da Assembleia Legislativa, Roberto Cidade (PV).
Nesta quinta-feira, 13, o ATUAL tentou ouvir o presidente para saber se a Assembleia Legislativa adotaria outras providências além da exoneração, mas ele não respondeu aos contatos por telefone e nem às mensagens enviadas por aplicativo.