Da Redação
MANAUS – O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), apresentou na manhã desta terça-feira, 19, na CMM (Câmara Municipal de Manaus), o projeto de lei que veta o uso de dinheiro da Manaus Previdência para outros fins senão o pagamento de aposentados.
De acordo com o prefeito, a nova lei determina que o presidente da ManausPrev tenha um mandato de quatro anos e que pode ser prorrogado por igual período. Além disso, dois diretores que assessoram a presidência da autarquia terão mandato de três anos cada.
Arthur Neto disse que é contra o uso de transferência de recursos entre setores da gestão pública. Ele citou o ManausPrev que, agora, garantiu o prefeito, está blindado para que próximos prefeitos não usem mal o dinheiro da previdência.
O prefeito também comentou o uso de verbas do FTI (Fundo de Fomento ao Turismo no Interior), do governo do Estado, para pagar despesas na Saúde. “O FTI não foi feito para pagar pessoal, assim como a previdência não foi feita para pagar ativos, mas os servidores inativos”, disse.
“Vejo que quando ele (Wilson Lima, governador do Amazonas) trata do fundo, o fundo não foi feito para pagar pessoal. É uma emergência. Esse dinheiro deveria ser reposto ao fundo porque ele é para desenvolvimento econômico. E dentro fundo nós temos 25% que cabem aos municípios. Desses 25%, 62% cabem a Manaus”, lembrou.
Conforme o prefeito, é fundamental que o governador comece de alguma forma a resgatar o débito que chega a quase R$ 800 milhões que o Estado tem com o Município de Manaus. “Estou aguardando que haja alguma manifestação em relação ao que seria o dinheiro para a cidade de Manaus, que precisa desse dinheiro”, disse.
“Eu entendo a agonia do governador. É justo que ele pense num planejamento econômico para ressarcir o FTI. A partir de algum momento, ele precisa fazer um grande ajuste fiscal. Eu disse a ele com muita franqueza: arrisque a sua popularidade, mas resgate essa questão fiscal. Não dá certo nenhum governo que não cuide do ajuste fiscal. Só dá certo governo que corte estrutura, que corte gastos e que procure salvar recursos para investimento”, disse.
(Colaborou Patrick Motta)