O prefeito disse que a eleição não será decidida em WO e que o grupo que ele se uniu vai derrotar os adversário de goleada
MANAUS – O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), no encontro estadual do partido neste sábado (21/06), disse que será um cabo eleitoral do governador José Melo (Pros) nas horas de folga. Melo concorrerá à reeleição e recebeu neste sábado o apoio do PSDB, o partido com o maior tempo de TV até agora na aliança em torno da candidatura do grupo liderado pelo ex-governador Omar Aziz (PSD). Além do PSD, Pros e PSDB, Melo tem o apoio do DEM, PSC e PRP. “Eu vou me dividir em dois. Eu vou ser o prefeito sério, austero, na hora do expediente, e, fora do expediente, eu vou ser um cabo eleitoral muito claro da melhor chapa, que vai manter o trabalho conjunto entre governo do Estado e prefeitura”, disse Arthur.
O prefeito criticou o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) e o principal adversário de Melo, o senador Eduardo Braga (PMDB), pelo tratamento que têm dispensado à Prefeitura de Manaus com a retenção de recursos. “O dinheiro que eu tenho na prefeitura não é de campanha, não é de ninguém. Eu não vou perguntar ao líder comunitário se ele votou em mim para eu beneficiar o bairro dele. Eu beneficio todos os bairros por obrigação. Essa gente que está no pode federal não compreende isso. Eles aparelham a máquina federal e pensam que o dinheiro é deles. E então dizem assim: não vou mandar o dinheiro porque não quero ajudar o Arthur”.
Arthur afirmou que Manaus sofre perseguição do Palácio do Planalto e conclamou o eleitor a votar no candidato dele para mudar esse quadro. “Manaus vem sendo perseguida porque eu sou de oposição. Aí eu recomendo o meu candidato para acabarmos com isso. Para haver o respeito não só com Manaus, mas para respeitar também os adversários porque ele é republicano”, disse, referindo-se à candidatura de Aécio Neves para a Presidência da República. “O meu candidato é Aécio Neves, futuro presidente do Brasil”, completou.
Vitória de goleada
Aproveitando o clima de Copa do Mundo, Arthur usou uma metáfora do futebol para dizer que Melo está na disputa com Braga e que vai vencer. “Essa manifestação de hoje já nos dá uma ideia. Muitos pensavam que a eleição deste ano ia dá WO. Vai não. Nós vamos ganhar é de goleada. Por uma questão bem simples: as pessoas não vão votar no Omar, não vão votar no Arthur, não vão votar no Melo, elas vão votar no entendimento. É melhor do que ter um prefeito brigando com o governador, com um puxando para um lado”, disse, referindo-se à parceria Estado-Prefeitura de Manaus, firmada no mês passado entre ele e Melo.
O prefeito afirmou que já tinha definido há muito tempo quem iria apoiar nestas eleições, mas quis adiar o anúncio para não atrapalhar a administração dele na Prefeitura de Manaus. “Eu deixei para anunciar no último momento, mas eu sabia que não podia quebrar esse canal de entendimento”, disse.
Omar Aziz
O ex-governador Omar Aziz foi o primeiro a discursar e pediu o apoio das mulheres para as candidaturas dele e de José Melo. Depois de elogiar as mulheres e de lembrar a importância delas na história, citando a passagem bíblica em que eles foram as primeiras a chegar ao túmulo de Jesus Cristo e a receber a notícias da ressurreição, Omar fez um apelo: “Eu quero colocar a candidatura do Melo e a minha candidatura nas mãos dessas mulheres valorosas”.
As mulheres eram maioria no evento, mas Omar não esqueceu dos homens. “Eu quero também pedir ajuda dos homens, os homens que constroem esse Amazonas ao lado de suas mulheres. Para que a gente possa dar continuidade a muitos projetos e programas, é preciso que o Melo tenha a oportunidade de mais quatro anos”, disse o ex-governador.
José Melo
O governador José Melo fez, primeiro, uma enxurrada de elogios ao ex-governador Omar Aziz e pediu votos para ele na disputa ao Senado. “O povo do Amazonas vai dar a Omar Aziz a maior votação que um senador da República já teve em nosso Estado”.
Melo também agradeceu ao apoio de Arthur Neto, e revelou a angústia que viveu nesses tempos em que esperava as alianças para a candidatura dele à reeleição. “Eu fechava os meus olhos e dizia: ‘Meus Deus, será que eu vou ter seguidores? Será que vai dar certo? Me guie, me oriente, me proteja, não deixe que eu erre, porque seu eu errar, estarei arrastando muita gente comigo’. Mas hoje (…) eu sei que não estou mais só, que uma multidão está comigo”.
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