Da Redação
MANAUS – O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), afirmou que caso o governo não promova ação contra o tráfico de drogas no Estado, as facções irão “tomar conta do Amazonas” e “corromperão todas as instituições que ainda estão sadias”, entre elas as câmaras municipais, a ALE (Assembleia Legislativa do Amazonas) e a Justiça.
“O fato é que do jeito que está indo, tem uma determinada facção que se digladia com outras, que nesse passo vai tomar conta do Amazonas e vai se tornar um Estado dentro do Estado e vai começar a corromper todas as instituições que ainda possam estar sadias. A política deles é a violência, sem dúvida alguma, uma atitude política diante dessas instituições”, afirmou Arthur Neto.
Segundo o prefeito, se depender das facções criminosas, elas “terão os vereadores, os deputados, pessoas da polícia, pessoas da justiça, pessoas de qualquer instância que se possa imaginar. Então, todas essas coisas tem que ser passadas ao ministro com clareza”, afirmou.
O prefeito criticou a declaração do secretário de Administração Penitenciária, Marcus Vinicius Almeida, de que o Estado não reconhece as facções. Para Arthur, uma autoridade policial “não deve dizer algo parecido com isso”.
“O secretário do Compaj disse que desconhecia a existência de facções. Então, para ele, não tem facções. É uma história que eu quero contar para os meus netos porque é igual ao papai noel, a fada madrinha, o coelhinho da sorte. Obviamente, a ninguém é dado desconhecer isso e não deve uma autoridade policial algo parecido com isso”, afirmou Arthur Neto, ao ser questionado sobre os massacres em presídios de Manaus na reunião do Consej ( Conselho Nacional dos Secretários de Estado da Justiça, Cidadania, Direitos Humanos e Administração Penitenciária do Brasil), na manhã desta segunda-feira, 10, em Manaus.
Confira a declaração do prefeito.
As facções já tomaram conta da prefeitura. Manaus está totalmente abandonada pelo poder público municipal. São mais de 1 bilhão de dólares em empréstimos financeiros sem haver uma obra significativa que justifique tais empréstimos.