Do ATUAL
MANAUS – A Arena da Amazônia e a Arena Poliesportiva Amadeu Teixeira tiveram o fornecimento de energia suspenso nesta terça-feira (24) pela Amazonas Energia. A empresa alega débitos acumulados de R$ 39 milhões, desde 2016, para justificar o corte de energia.
A Arena da Amazônia sediou quatro jogos da Copa do Mundo da Fifa em 2014. Projetada como espaço multiuso, é palco de shows nacionais e internacionais.
O início do campeonato amazonense de futebol está programado para acontecer sábado (28) à noite, na Arena, com show de abertura a partir das 19h (de Manaus) com David Assayag e Márcia Siqueira.
Às 20h tem o jogo inaugural da competição, com a disputa do centenário clássico Rio-Nal, enre Rio Negro e Nacional, os dois maiores campeões estaduais.
Contactada pelo ATUAL para saber que providência a entidade tomará com relação à programação, divulgada na segunda-feira (23), a diretoria de comunicação da FAF (Federação Amazonense de Futebol) disse que a entidade “não recebeu comunicado oficial referente ao assunto”.
Atraso desde 2016
De acordo com nota da Amazonas Energia, “a dívida já supera o valor de R$39 milhões para as duas unidades consumidoras, desde o ano de 2016 até o presente ano”.
A empresa afirma que o corte no fornecimento de energia ocorreu depois de tentativa de acordo não finalizado e pelos locais não serem considerados como de prestação de serviços essenciais.
“Após sucessivas tentativas de negociações amigáveis e com notificação prévia, a Amazonas Energia executou o corte das unidades consumidoras, consideradas serviços não essenciais e, portanto, passíveis de corte, perante a lei”.
A nota da Amazonas Energia sugere que a Arena da Amazônia promove eventos rentáveis e, portanto, não tem como continuar recebendo fornecimento de energia elétrica sem pagar.
“A Arena da Amazônia, durante todo o ano de 2022, acumulou uma série de eventos realizados, movimentando novamente o local e enchendo o estádio de pessoas sem, no entanto, promover o pagamento das contas de luz mensais, acumulando dívidas mês a mês”, diz a nota da Amazonas Energia.
“A manobra de corte por inadimplemento, precedida de comunicação, está prevista no art. 360 da Resolução nº 1.000/2021 – ANEEL, sendo enviada de forma escrita ao Governo do Estado”, finaliza.