
MANAUS – Chegam notícias dos Estados Unidos dando conta de que começa a faltar oxigênio medicinal em cidades da maior economia do mundo. O caso de Manaus é dramático, mas não é exclusivo da capital. Começa a faltar o produto que ajuda a salvar vidas na pandemia em todos os municípios do Amazonas. E se a pandemia avançar para outros Estados brasileiros, como os dados estão apontando, o caos estará instalado não apenas no Amazonas.
Por isso, é pura canalhice de alguns políticos apontar culpados pelo caos neste momento, principalmente aqueles que não fizeram o dever de casa para evitar a propagação do vírus. Ou aqueles não nunca deram sua parcela de contribuição para melhorar o sistema de saúde.
É inegável o aumento da oferta de leitos nos hospitais públicos e privados desde abril do ano passado, quando Manaus vivenciou a primeira onda. Mais que triplicou. Se não fosse isso, o caos seria tragédia nacional.
Não foram poucas as vezes que o ATUAL alertou para o risco de uma segunda onda do novo coronavírus na capital amazonense, principalmente depois da reabertura da economia. Passada aquela fase em que Manaus foi notícia em todo o mundo pela assustadora onda de mortes em abril e maio pela Covid-19, houve um relaxamento geral das medidas de prevenção.
A população voltou a se aglomerar nas ruas, em shoppings, feiras, bancos, e em festas clandestinas. Muitos acreditaram na falácia da “imunidade de rebanho” e apostaram que a Covid-19 era uma doença superada. Autoridades chegaram a cantar vitória e a decretar o fim da pandemia.
Nos meses de novembro e dezembro, por ocasião do processo eleitoral e das compras de fim de ano, as aglomerações se tornaram comuns nos espaços públicos e privados. Nada de máscara no rosto, nada de lavar as mãos, nada de álcool em gel. Tudo isso havia ficado no passado recente, depois que a população perdeu o medo.
A segunda onda veio devastadora. As autoridades so perceberam quando o tsunami chegava à praia.
Após o Natal, quando o número de casos de infecção e de mortes acenderam o sinal de alerta, o Governo do Estado decretou o fechamento das atividades não essenciais no comércio e serviços.
A reação foi imediata: muitos foram às ruas e formaram aglomerações que deveriam ser evitadas naquele momento.
As medidas foram revogadas e mais aglomerações se formaram até o dia 1° de janeiro, quando foram encerradas as comemorações do Réveillon. Muitos se jogaram nas festas sem nenhum cuidado com a Covid-19 como se fosse a última festa de suas vidas.
Os resultados apareceram agora, da forma mais cruel. Infelizmente, muitos dos que estão morrendo não participaram das aglomerações que ajudaram a espalhar o vírus, mas estão sendo vítimas delas.
E aquilo que as autoridades temiam, em dezembro, aconteceu, ou seja, que a estrutura na rede hospitalar pública e privada seria insuficiente para atender à demanda. Por conta da alta demanda de internações, a produção de oxigênio no Estado se tornou insuficiente, e a “importação” do produto de outros Estados está se mostrando ineficiente ou insuficiente.
A consequência são mais mortes. De quem é a culpa? A resposta a essa pergunta pouco importa para quem perdeu a vida.
A Covid-19 não poupa ninguém. E esse é o fato desesperador. Quando ela chega, se o organismo do paciente não for resistente, ela mata, sem perguntar quanto ele tem na conta bancária, qual a idade ou o cargo que exerce.
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Que estupidez! Estão tentando acobertar quem? O texto foi encomendado por quem?
O que mais tem no Brasil é político canalha. De Dória a Maia. De Globolixo a jornalista da Folha. Tem bosta pra todo lado. Estribuchem, mas, a torneira dos desvios de verbas públicas estão fechadas!
Tem que ser visto e investigado sim! É certo que os culpados também estão na rua se aglomerando, ou desrespeitando as recomendações de isolamento, porém deve ser investigado o porquê do corte de abastecimento do oxigênio vindo através do avião da fab, investigado quem cometeu esse ato desumano, covarde e genocida neste momento; há de se pensar até mesmo em crime político.