Da Redação
MANAUS – A eleição de Joe Biden à Presidência dos Estados Unidos significará maior pressão sobre o Brasil para cumprir política ambiental de preservação da Floresta Amazônica. É o que afirma o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, que encerra o mandato em dezembro.
Segundo Virgílio Neto, “o agronegócio e garimpo na região são atividades que, definitivamente, não servem para nós”. A legalização dessas atividades é defendida pelo governo Bolsonaro. O prefeito de Manaus criticou a política ambiental do governo e disse que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, “deveria ter sido demitido há muito tempo”.
“Então, considero que a vitória de Biden sobre (o republicano Donald) Trump é a vitória da democracia contra o autoritarismo, da inteligência contra o obscurantismo, da razão contra a loucura, do bom senso contra a demência, uma vitória que prenuncia, enfim, muitas mudanças em muitos países, pela própria influência que os Estados Unidos da América exercem sobre o mundo, inclusive no Brasil”, disse o prefeito em artigo divulgado neste domingo, 8, no blogo do jornalista Ricardo Noblat.
Arthur considera que a boa gestão da política ambiental sobre a região é decisiva para manter a soberania brasileira. “Na realidade, só há uma forma de garantir a soberania brasileira sobre a Amazônia: é fazendo uma boa governança sobre a região e em consonância com os anseios de um povo, e de nações espalhadas pelo mundo inteiro, que tem interesse em não ver a terra se tornar, pelo aquecimento global, um local impossível de se conservar a vida humana”.
Segundo Virgílio Neto, “temos um compromisso com a luta contra o aquecimento global. Precisamos, então, da floresta em pé para cumprirmos o que foi decidido, em 2015, na conferência de Paris”.