EDITORIAL
MANAUS – O Amazonas precisa manter a cautela. Ainda não é hora de comemorar e nem de relaxar as medidas de prevenção do novo coronavírus, enquanto a maioria dos estados brasileiros vive uma tragédia provocada pela Covid-19.
Os números do Amazonas estão favoráveis há quase um mês, quando o Estado saiu da fase rocha para a vermelha e em seguida passou a aparecer azul no mapa do consórcio dos veículos de imprensa, que monitoram os números de casos e mortes da Covid no país.
Por aqui, o Atlas ODS Amazonas, produzido por professores da Ufam (Universidade Federal do Amazonas), mostra queda 13% no número de casos confirmados de infectados, mas com “um viés estabilidade”.
A média da semana encerrada no dia 28 foi de 996 casos por dia. Esse número é 1,4 vezes maior do que o verificado na primeira semana de dezembro, antes da escalada da segunda onda da pandemia no estado.
As internações caíram apenas 9%, e ainda são 41 pessoas internadas por dia em média no Amazonas, números também maiores que os do início de dezembro.
Esses dois dados são preocupantes, na avaliação dos coordenadores do Atlas ODS, porque havendo uma estagnação do número de casos, ele seria muito elevado, próximo de 1 mil por dia. O mesmo pode-se dizer das internações.
Os óbitos na semana de 22 a 28 de março caíram 37% e na avaliação do Atlas ODS é considerado em declínio, mas ainda é alto em relação ao início de dezembro de 2020: 1,5 vezes maior.
O aleta do Atlas ODS é de que esse indicador de mortes por Covid-19 ainda não sofreu o impacto das medidas de flexibilização.
Como não há qualquer controle de entrada e saída de pessoas nas fronteiras entre os Estados brasileiros, a prudência das medidas de prevenção ainda se faz necessária enquanto a pandemia no Brasil não estiver sob controle.