Da Redação
MANAUS – O Amazonas está entre os 15 estados na zona de alerta intermediário em relação à taxa de ocupação de leitos de UTI Covid-19 na rede pública, com índices variando entre 60% e 80%. O dado consta no Boletim Observatório Covid-19 da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), divulgado na quarta-feira (30).
Segundo o informe, do dia 21 para o dia 28 de junho houve piora no indicador no estado (de 54% para 63%), que voltou ao alerta intermediário após uma semana fora da zona de alerta.
De acordo com o boletim diário da FVS-AM (Fundação de Vigilância em Saúde), dia 21 havia 134 leitos ocupados de UTI Covid adulto e 121 livres na capital. Dia 28 eram 147 ocupados e 104 livres.
Além do Amazonas, estados como Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo estão na zona de alerta intermediário. Apenas três estados apresentam taxas de ocupação de leitos iguais ou superiores a 90%. São eles: Tocantins, Paraná e Santa Catarina. Fora da zona de alerta estão Rondônia, Acre, Amapá e Paraíba, com ocupação de leitos de UTI inferior a 60%.
Treze capitais, incluindo Manaus, estão na zona de alerta intermediário, com taxas iguais ou superiores a 60% e inferiores a 80%: Porto Velho (65%), Manaus (63%), Teresina (sem informação direta; número estimado em torno de 73%), Fortaleza (75%), Natal (68%), Recife (69%), Maceió (73%), Salvador (70%), Belo Horizonte (68%), Vitória (63%), São Paulo (70%), Florianópolis (70%) e Porto Alegre (69%). Cinco capitais estão fora da zona de alerta: Rio Branco (48%), Belém (52%), Macapá (58%), João Pessoa (58%) e Cuiabá (51%).
Cinco capitais estão com taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 iguais ou superiores a 90%: Palmas (91%), Aracajú (90%), Curitiba (95%), Campo Grande (91%) e Goiânia (92%). Quatro capitais estão com taxas superiores a 80% e inferiores a 90%: Boa Vista (87%), São Luís (88%), Rio de Janeiro (89%) e Brasília (81%).
A diferença observada entre o aumento nos registros de novos casos e a diminuição da mortalidade é explicada pelo avanço da vacinação no país. Hoje, a cobertura vacinal dentro dos grupos de risco, ou dos grupos prioritários é mais ampla em relação ao restante da população.
No mês de abril, a curva de óbitos iniciou uma trajetória descendente, divergindo do padrão observado nos índices de transmissão, em alta desde fevereiro. O país então passou a registrar cerca de 2 mil mortes diárias. No entanto, de acordo com o estudo, esse valor ainda é considerado muito alto, o que não permite afirmar que haja qualquer controle da pandemia no Brasil.
Foi verificada uma pequena redução da taxa de letalidade, dada pela proporção de casos que resultaram em óbitos por Covid-19, que agora apresenta valor igual a 2,4 %. Segundo o boletim, os números elevados de letalidade em alguns estados revelam falhas no sistema de atenção e vigilância em saúde, como a insuficiência de testes de diagnóstico, a falta da triagem de infectados e do rastreamento de seus contatos e a necessidade de identificação de grupos vulneráveis.