Do ATUAL
MANAUS – A Sedecti (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas) registrou, até outubro, US$ 13,7 bilhões em importações pelas indústrias do Polo Industrial de Manaus. O valor é superior ao de 2023 no mesmo período, que foi de US$ 12,6 bilhões, alta de 10,8%. Até dezembro a Sedecti estima que as importações atinjam US$ 16 bilhões, maior volume nos últimos sete anos.
O resultado é atribuído à instalação de portos provisórios em Itacoatiara (a 270 quilômetros de Manaus) que possibilitaram fazer a transferência de cargas de grandes navios para balsas que navegam até Manaus sem interrupção durante a seca dos rios no estado.
Até outubro de 2023, quando houve restrições portuárias em decorrência da seca, o estado registrou apenas US$ 604 milhões em importações. Neste ano, com os portos temporários operacionais, o valor para o mesmo mês chegou a US$ 1,378 bilhão.
Nos últimos anos o Amazonas registrou resultados significativos. Foram US$ 14,1 bilhões em 2022, US$ 13,2 bilhões em 2021, US$ 9,7 bilhões em 2020, US$ 10,1 bilhões em 2019 e US$ 9,9 bilhões em 2018. “2024 promete marcar um novo patamar, reforçando o papel dos portos temporários e a importância da Zona Franca de Manaus para a economia do estado e do país”, diz o secretário Serafim Corrêa.
A operação dos portos temporários em Itacoatiara possibilitou o transporte de mais de 25 mil contêineres e o desembarque de 21 navios. A operação é conduzida pelos grupos Chibatão e Super Terminais.
Os portos temporários foram projetados para operar em áreas de baixa profundidade, permitindo que o transporte de mercadorias continue fluindo mesmo com a redução dos níveis dos rios, antes das áreas críticas, como a enseada do Rio Madeira e a Costa do Tabocal.
A transferência de contêineres garante o abastecimento contínuo de produtos e insumos essenciais para o comércio e a indústria. Essa estrutura faz parte de um plano logístico para minimizar os impactos da estiagem na economia do Amazonas, assegurando o abastecimento da Zona Franca de Manaus e do comércio local.