Da Redação
MANAUS – A abordagem de conselheiros tutelares às crianças e adolescentes em situação de mendicância ou exploração nas ruas de Manaus deve ser feita com mais frequência e rigor. A recomendação é da Coij (Coordenação da Infância e da Juventude) do TJAM (Tribunal de Justiça do Amazonas).
O trabalho dos conselheiros tutelares consiste em abordar as famílias, tomando conhecimento de cada a caso para os devidos encaminhamentos, seja de ordem de saúde, moradia ou documentação e, principalmente, orientando os imigrantes sobre a lei brasileira de proteção integral da criança e do adolescente. “Nós acreditamos que só vamos ter sucesso se trabalharmos de uma maneira integrada”, disse a desembargadora Joana Meireles, coordenadora da Coij.
“Nós temos visto essas crianças sendo usadas para mendicâncias e até mesmo aquelas com problemas de saúde. E não podemos compactuar com isso. Hoje, estamos avaliando o que foi solicitado de cada membro da rede de proteção, o que foi feito e de que forma ainda podemos atuar para melhorar a efetividade no trato com esse assunto”, complementou a promotora de justiça Nilda Silva de Souza.
“Todos em Manaus estão se preparando para atuar com o tema migratório, que é uma realidade nova. E nós temos observado que essa atividade tem sim se desenvolvido. Quando trabalhamos na perspectiva da abordagem humanizada e observando tudo o que o Estatuto da Criança e Adolescente preconiza, temos a certeza de que nosso trabalho está no caminho certo”, disse o consultor do Unicef em Manaus, Thiago Garcia.
Os órgãos tentam definir ações mais efetivas para retirar as crianças das ruas e evitar a exploração sexual e do trabalho infantil.