MANAUS – Nem entre os próprios deputados estaduais do PSD, partido comandado no Amazonas pelo senador Omar Aziz, há unanimidade sobre o apoio ao nome de Marcelo Ramos (PR) para a Prefeitura de Manaus. Omar decidiu abraçar a candidatura de Ramos e indicou o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Josué Neto (PSD), como vice na chapa. Os parlamentares da base de apoio do governador José Melo na ALE, inclusive Josué Neto, preferiam apoiar Henrique Oliveira (SD), pelo que pode ocorrer no futuro. No caso de Melo e Henrique se livrarem da cassação do mandato em processos que se arrastam na Justiça Eleitoral desde 2014, Henrique poderia ser o governador em 2018, se Melo deixasse o cargo para disputar as eleições. Quem estivesse na presidência da Assembleia seria, automaticamente, o vice-governador e teria mais poder do que tem hoje o presidente do parlamento. No caso de eleição de Henrique para prefeito, o presidente da ALE assumiria o lugar dele e poderia, em 2018, ser o governador do Estado. Esse cenário seria ideal para o senador Omar Aziz, que teria na cadeira de governador um aliado na disputa para o Governo do Amazonas. Mas Omar não quis correr risco: o apoio dele a Henrique Oliveira nas eleições deste ano fortaleceria o vice-governador que, no caso de derrota nas urnas, passaria a ser um adversário forte em 2018 e com a máquina na mão, se Melo deixar o governo.