MANAUS – Em brasília desde quarta-feira, o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas, Josué Neto (PSD), assumiu nesta quinta-feira, 6, o discurso do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e passou, com ele, a defender a exploração de terras indígenas na Amazônia pela mineração.
Josué repetiu uma frase de Bolsonaro que já foi elogiada pelos que o defendem e criticada por organizações sociais e defensores da Amazônia: “Não adianta a Amazônia ter as maiores riquezas do mundo e seu povo na miséria”, disse, ao defender projeto de Bolsonaro para exploração mineral em terras indígenas.
Josué disse “que as terras indígenas já são exploradas ilegalmente” e são frequente as invasões e conflitos de terras no interior do Estado. “Pra onde estão indo os recursos dessa exploração? Com certeza não estão indo para o povo do Amazonas, para os cidadãos de bem, que trabalham, e muito menos para as famílias indígenas”, afirmou.
Para o presidente da Assembleia, se houver regulamentação, há possibilidade de controle, o que poderia resultar em “mudança de vida para as famílias do Amazonas e um novo destino para o Brasil”.
A ONG Observatório do Clima criticou a proposta de Bolsonaro e a classificou “um projeto para vender a Amazônia a mineradoras, abrindo as terras indígenas à mineração e ao garimpo”. A entidade divulgou nota em que pede que o Congresso Nacional barre o projeto de lei.