Por Gustavo Uribe, da Folhapress
BRASÍLIA – O ministro da Secretaria de Governo, Carlos dos Santos Cruz, anunciou nesta terça-feira, 22, que não renovará o atual contrato de assessoria de comunicação na área internacional do Palácio do Planalto.
O prazo de renovação do contrato com a agência de comunicação corporativa CDN, que cuida da relação do governo brasileiro com a imprensa estrangeira, se encerra neste mês.
Com validade total de cinco anos, ele poderia ser renovado pela última vez neste ano. O governo federal ainda não definiu se fará uma nova licitação.
“O contrato não foi renovado e vai ser estudada a necessidade de uma nova licitação”, disse o ministro à reportagem.
O valor global do negócio era de R$ 30 milhões por ano. Como o contrato dependia de serviços específicos a serem demandados pelo Planalto, o valor real repassado dependia de empenho orçamentário baseado nesses produtos.
Segundo a empresa de comunicação, a média anual de repasse nos últimos quatro anos foi de R$ 10 milhões. No período, a empresa assessorou, por exemplo, o governo brasileiro na Olimpíada do Rio de Janeiro.
Além de relacionamento com a imprensa estrangeira, o contrato previa o monitoramento de veículos internacionais, a produção de material para a Esplanada dos Ministérios e o treinamento de porta-vozes.
Procurada pela reportagem, a CDN disse que a não renovação do negócio não é atípica, já que houve uma troca de governo e a validade do contrato está perto do fim.
Em entrevista recente, Santos Cruz afirmou que faria uma revisão em todos os contratos de serviços de comunicação da Presidência da República.
Atualmente, a Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social), subordinada ao general, dispõe de quatro grandes contratos, renováveis anualmente, que envolvem áreas como assessoria de imprensa e mídias digitais.