O segundo turno da eleição municipal neste domingo, 30, ocorre sob o estigma da desconfiança. Apenas 7% da população confia nos partidos políticos e 10% no Congresso Nacional, segundo pesquisa da Escola de Direito da FGV (Fundação Getulio Vargas). A primeira instituição é o abrigo dos políticos para começar na vida pública e a segunda é a casa deles já como representantes da sociedade. A credibilidade de ambos é a mínima possível. Nas urnas, a preferência do eleitorado é por políticos já conhecidos, apesar da decadência de suas legendas. Os novos não são encarados como verdadeiras opções ao velho caciquismo e fisiologismo. O pleito deve servir para rever conceitos e como objeto de análise dos que pretendem fazer das prefeituras e câmaras municipais um trampolim para governos estaduais, assembleias legislativas e Congresso Nacional.