O candidato Marcelo Ramos (PSB) disse, durante o debate na TV Band Amazonas, que o governo do adversário Eduardo Braga (PMDB) era “cliente da Polícia Federal” e que o dele será “parceiro da Polícia Federal” e que pode andar ao lado da PF. Ramos referia-se às operações policiais, como a Albatroz, a Hiena, a Águia, e outras, deflagradas enquanto Braga era governador. Foi o momento mais tenso do debate. Eduardo Braga pediu direito de resposta, que foi concedido no bloco seguinte. Na resposta, o ex-governador tentou mostrar a imagem de bom político e chegou a dizer que sempre foi intolerante com a corrupção no governo dele. Depois do direito de resposta, Ramos foi sorteado para iniciar as considerações finais e aproveitou para reforçar o que disse e lembrou que Braga e Melo eram aliados de Adail Pinheiro, cujo governo na Prefeitura de Coari foi alvo da Operação Vorax, da Polícia Federal. Braga silenciou sobre o tema nas considerações finais. Nesse quesito, perdeu feio o debate para Ramos.
Aliados x adversários
Em outro momento do debate, Marcelo Ramos questionou por que Braga tentava se desvincular do governo de Melo e criticar o grupo do governador. Afirmou que foi Braga quem elegeu Omar Aziz e Melo, que ele foi parte do governo e o apoiou durante pelo menos três anos, assim como a bancada do PMDB servia ao governo na Assembleia Legislativa.
Abel e o tempo
O tempo exíguo que se exige em um debate como o de ontem deixou o candidato Abel Alves em apuros. Não conseguia fazer perguntas e nem concluir as respostas. Perdeu tempo com tergiversações e gaguejou muito, demonstrando extremo despreparo para participar do programa.
O tempo e Melo
O governador José Melo, em alguns momentos, pareceu não ter o que dizer em dois minutos de resposta. Em uma delas, chegou a dizer que Chico Preto copiou o seu plano de governo pela semelhança das propostas sobre saúde.
(des)organização
A organização do debate da Band Amazonas pecou e não foi pouco na noite desta quinta-feira. O apresentar Otávio Ceschi Júnior por pelo menos três vezes tropeçou nas regras e chegou a corrigir erros no bloco seguinte. O pior momento foi quando deu uma tréplica depois que Braga concluiu a tréplica.
Chico e Melo
Se tivesse que escolher os piores do debate, livrando Abel Alves de vexame, a Expressão daria empate técnico entre Chico Preto e José Melo. Ambos adotaram o estilo paz e amor e acabaram dizendo pouca coisa que tirasse o sono dos eleitores que se aventuraram a assistir a um programa iniciado às 22h.
Evitando o pior
José Melo jogou muito feio quando teve a oportunidade de escolher entre Eduardo Braga e Chico Preto para fazer pergunta e escolheu o segundo. Deixar de questionar Braga em um debate demonstra um Melo com medo e querendo evitar o pior. Foi pior.