Por Henderson Martins, da Redação
MANAUS – O MP-AM (Ministério Público do Amazonas) instaurou inquérito para investigar possíveis irregularidades da Comissão Municipal de Licitação da Prefeitura do Careiro Castanho (a 88 quilômetros de Manaus) na gestão do ex-prefeito Hamitlon Alves Villar (PMDB). O caso envolve a compra de um trator de pequeno porte no valor de R$ 420 mil.
Conforme o MP, o dinheiro foi obtido com o Convênio n° 037/2013 celebrado com a Sepror (Secretaria de Estado de Produção Rural) e a suspeita é de superfaturamento.
No mês de abril, Hamilton Alves foi preso pela Polícia Federal (PF) em cumprimento a mandado de prisão preventiva por infração relacionadas a crime eleitoral. Em agosto, Hamilton teve a prestação de contas reprovadas pelo pleno do TCE (Tribunal de Contas do Estado do Amazonas) referente ao exercício de 2013. O relator da ação, o conselheiro, Josué Filho, condenou Hamilton a devolver aos cofres públicos, entre multas e glosas, R$ 2,2 milhões.
Hamilton foi candidato em 2016, mas teve a candidatura rejeitada. O pemedebista recebeu 2.338 mil votos que foram anulados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Ele foi o terceiro mais votado. Nirio Schopan (PHS), conhecido como ‘Neném do Igapó’, ficou em segundo com 3,599 mil votos e Nathan Macena (Pros) foi eleito prefeito com 7,105 mil votos.
Na divulgação da prestação de contas durante o processo de campanha, Hamilton Alves declarou que recebeu R$ 101,9 mil e gastou um total de R$ 78,9 mil. O recurso é R$ 22,068 mil maior que o do candidato eleito, Nathan Macena, que recebeu R$ 75,702 mil e gastou R$ 56.919,70. O segundo colocado nas eleições municipais de Careiro Castanho, ‘Neném do Igapó’, declarou que recebeu R$ 49,7 mil e gastou R$ 29,5 mil.
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