Da Redação
MANAUS – O juiz Cid da Veiga Soares Júnior, da Vara Única da Comarca de Autazes, (a 118 quilômetros de Manaus), retomou na manhã desta quarta-feira, 17, o julgamento dos três acusados de matar a menina Grazielly dos Santos Costa, crime ocorrido em junho de 2015, naquele município. A sessão de julgamento teve início na manhã dessa terça-feira e 35 testemunhas de defesa e acusação foram ouvidas no primeiro dia. O magistrado suspendendo os trabalhos por volta das 23h30.
Nesta quarta, o julgamento recomeçou com o interrogatório dos réus – os irmãos Gilbervan de Jesus Elói e Gilbermilson de Jesus Elói, além de Gilmara França de Souza (companheira de Gilbervan). Depois de ouvir os acusados, haverá os debates entre a promotoria e a defesa. Essa parte dura, em média, 90 minutos por réu, mas como são três fica a critério do juiz.
O processo
A denúncia foi oferecida pelo MP-AM (Ministério Público do Amazonas) com base no inquérito policial, sendo imputado aos réus os crimes previstos nos art. 121, parágrafo 2º, incisos I, III e IV, combinados com art. 61, inciso II, alíneas ‘e’ e ‘h’, e art. 211 combinado com art. 61, alíneas ‘a’, ‘b’ e ‘h’, em concurso material, todos do Código Penal Brasileiro.
De acordo com o inquérito policial que serviu de base para a denúncia do MP, a motivação do crime teria sido o fato de Gilbervan não reconhecer Grazielly como filha, o que levou a mãe da criança, com quem ele tivera um relacionamento, a ingressar com ação de investigação de paternidade para garantir o pagamento da respectiva pensão alimentícia.
Segundo a apuração policial, Grazyelle, que tinha 9 anos, foi raptada a caminho da escola, na tarde do dia 17 de junho de 2015, por ocupantes de um carro vermelho. O corpo da criança foi encontrado dois dias depois, nas matas da localidade conhecida como Ramal do Tumbira e o laudo pericial apontou morte por asfixia. O carro usado no rapto seria de propriedade de Gilbervan e os dois outros ocupantes do veículo seriam Gilbernilson e Gilmara, conforme a denúncia. Os três negam a autoria do crime.