BRASÍLIA – Após uma negociação que durou semanas, a presidente Dilma Rousseff divulgou nesta terça-feira, 23, em nota, uma relação com o nome de 13 ministros que vão compor a sua equipe no segundo mandato. A posse deles está marcada para o dia 1º de janeiro, informou a Secretaria de Comunicação Social (Secom).
O senador Eduardo Braga (PMDB-AM) foi anunciado como o novo ministro de Minas e Energia, a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) foi confirmada à frente da pasta da Agricultura e o deputado Hélder Barbalho (PMDB-PA), candidato derrotado ao governo do Pará, ficou com o Ministério de Aquicultura e Pesca. A pasta de Turismo seguirá sob comando de Vinícius Lages, indicação de presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Ligado ao vice-presidente Michel Temer, o deputado federal Edinho Araújo (PMDB-SP) será o novo ministro da Secretaria de Portos. Um dos principais auxiliares da presidente Dilma Rousseff durante a campanha eleitoral, o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), retorna à Esplanada dos Ministérios e assume a Defesa. Dilma também confirmou o governador do Ceará, Cid Gomes (Pros), à frente do Ministério da Educação (MEC). Pela primeira vez nos governos do PT, considerando as administrações Lula e Dilma, a pasta, cujo orçamento é de cerca de R$ 100 bilhões, será comandada por um não petista.
O atual ministro do Esporte, Aldo Rebelo (PCdoB), foi remanejado para a Ciência, Tecnologia e Inovação. Em seu lugar, assume o Esporte o deputado federal George Hilton (PRB-MG). O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, tocará o Ministério das Cidades, pasta responsável pela execução do Minha Casa, Minha Vida, uma das principais vitrines do Palácio do Planalto.
A lista de Dilma inclui ainda o ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) Valdir Simão na Controladoria-Geral da União (CGU) e a reitora da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afrobrasileira (Unilab), Nilma Lino Gomes, para a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.
Na nota, Dilma agradeceu a dedicação dos ministros que deixam o cargo. Durante café da manhã com jornalistas realizado na última segunda-feira (22), Dilma informou que anunciaria todo o primeiro escalão do governo até o dia 29 deste mês.
Dos 39 ministérios, 22 ainda não tiveram seus titulares anunciados oficialmente pela presidente para o segundo mandato. Antes do anúncio de hoje, Dilma já havia indicado Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa para o Planejamento o senador Armando Monteiro (PTB-PE) para o Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e confirmado a permanência do atual presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, no cargo.
Biografia de Braga
O senador Eduardo Braga (PMDB) nasceu em Belém (PA), em 1960. Empresário do setor de revenda de automóveis, é formado em engenharia elétrica pela Universidade Federal do Amazonas.
Iniciou a carreira política aos 21 anos, como vereador de Manaus. Em 1986, elegeu-se deputado estadual e, em 1990, foi eleito deputado federal. Em 1992, Braga foi eleito vice-prefeito de Manaus, assumindo a prefeitura em 1994. Em 2002, foi eleito, em primeiro turno, governador do Amazonas, cargo para o qual foi reeleito em 2006.
Em 2010, foi eleito senador pelo Amazonas. Desde março de 2012, Braga é líder do governo da presidenta Dilma Rousseff no Senado. Em outubro deste ano, disputou as eleições para o governo do Estado, mas perdeu, no segundo turno, para José Melo (Pros).
No governo do Estado, Eduardo Braga propôs e a Assembleia Legislativa do Amazonas aprovou a Lei de Mudanças Climáticas e Conservação Ambiental. O novo ministro também criou o Programa Bolsa Floresta e a Fundação Amazonas Sustentável. Atualmente, coordena o PMDB Sócio Ambiental.
(Estadão Conteudo/ATUAL e Agência Brasil)