Da Redação
MANAUS – Vigilantes da empresa Visam (Vigilância e Segurança da Amazônia) realizaram manifestação na manhã desta quinta-feira, 3, e por várias vezes fecharam o trânsito na Rua Franco de Sá, uma das principais adjacentes da Avenida André Araújo, em protesto contra a Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda) pela falta de pagamento. Os vigilantes prometiam paralisar o transito durante cinco minutos, a cada meia hora, para chamar a atenção da sociedade sobre a situação que enfrentam com a falta de pagamento de seus vencimentos.
“Peço desculpa a todos vocês, sabemos que vocês não têm culpa disso. O culpado é esse governador, que não paga as empresas e elas ficam impossibilitadas de nos pagar. Cobrem dele como nós estamos cobrando nossos salários. Estamos passando fome, não temos o que dar de comer ao nossos filhos. Estamos desesperados”, disse diretor do Sindicato dos Vigilantes de Manaus, Adolfo Torres.
O vigilantes estão realizando paralisações desde o dia 28 de outubro em toda Manaus para cobrar o pagamento de mais de seis faturas (seis meses) que o Governo do Estado está devendo à empresa Visam. Eles dizem que sem os recursos provenientes do governo, a empresa fica impossibilitada de pagá-los. “Quando o governo não paga, as empresas não pagam os trabalhadores. Os vigilantes não são funcionários do Estado, mas dependem dele honrar com seu pagamento com a empresa para poder receber seu salário no fim do mês. Estamos há quatro meses sem receber. Tivemos o plano de saúde cancelado. Isso é uma forma que encontramos para defender o direito dos trabalhadores”, disse o diretor.
Os vigilantes dizem que além da Visam, mais quatro empresas estão sem receber. Só da Visam estão sem salário 400 trabalhadores de um universo de mil trabalhadores. “Há um ano e meio o governo vem atrasando o pagamento. As empresas, por contrato, devem esperar esse pagamento, no máximo, por quatro meses. Os trabalhadores já estão há quatro meses sem salários e as empresas estão há muito mais tempo sem receber. Nós acreditamos que o governo deve mais de R$ 12 milhões”, ressaltou.
A empresa é responsável pela cota de segurança de 95% das instituições do Governo do Estado do Amazonas, atendendo a órgãos como Balbina Mestrinho, Secretaria de Cultura, João Lúcio, Platão Araújo, Semif e vários outros órgãos do estado. “Ela atende a maioria dos órgãos do estado e por isso está sofrendo com essa crise”, disse.
Trânsito
Apesar da paralisação promovida pelo movimento dos vigilantes, os motoristas que passavam pelo local apoiaram a iniciativa. Alguns passavam gritando palavras de apoio e contra o governo. “Eu acho preocupante a situação porque se eles pararem quem vai estar responsável pela segurança nos hospitais. Se já com eles corremos risco de sermos assaltados dentro de um hospital, imagina sem eles lá”, ponderou o administrador de empresa Ricardo Guimarães, que passava em seu carro, na hora do movimento.
Realmente o governo do Estado do AMAZONAS está acefálo sem um lider competente! Muita água rola debaixo dessa ponte do esquecimento do chefe de governo!