Por Teófilo Benarrós de Mesquita, da Redação
MANAUS – “A Câmara Municipal fede… Fede”. A frase é do vereador Amom Mandel (Cidadania) e foi dita na manhã desta quarta-feira (14) na CMM (Câmara Municipal de Manaus). “Toda vez quando a gente entra ali naquele estacionamento, tem um fedor insuportável, na entrada do plenário”, completou.
A área a que se referiu o vereador é o estacionamento próximo à entrada dos vereadores ao plenário, exclusivo para os dez membros da Mesa Diretora. Amom é Ouvidor Geral da CMM e usa o espaço.
“A gente paga, do dinheiro da Câmara Municipal, do dinheiro do imposto que sai do meu bolso, do seu bolso, o serviço para fazer limpa-fossa, o serviço para fazer dedetização. Para onde é que está indo esse dinheiro?”, perguntou na tribuna.
O parlamentar afirma que quando cobra providências não é atendido. “Isso é inadmíssivel. Acredito que a administração da Câmara Municipal está errando, precisa fiscalizar melhor esses contratos, porque o fato é que a Câmara fede. Isso precisa ser reclamado, porque quando eu falo com a administração, infelizmente ninguém leva em consideradação”.
Tratamento desigual
Pouco antes, no mesmo discurso, Amom se queixou de tratamento desigual entre os parlamentares. Argumentou que embora seja o recordista em 2022, com quase 25% das proposituras apresentadas na Casa, é o que menos tem documentos incluídos na pauta de votação.
“A presidência da Casa simplesmente segura os nossos projetos ao invés de colocá-los na Ordem do Dia. Algumas comissões seguram nos nossos projetos e muitos vereadores pedem vistas e nem sempre devolvem no prazo”, disse.
“O que foi produzido no nosso gabinete não foi feito para mudar nome de rua, nem nome de praça, nem para ficar dando 500 mil medalhas para não sei quem”, afirmou.
“Porque justamente quem é mais produtivo tem menos proposituras incluídas em pauta?”, questionou.