Por Iolanda Ventura, da Redação
MANAUS – A venda de botijas de gás de 13kg a R$ 40 atraiu centenas de moradores ao Loteamento Orquídeas, na zona norte de Manaus, na manhã desta quinta-feira, 13. A ação foi um protesto do Sindipetro (Sindicato dos Petroleiros do Amazonas). Os moradores usaram carrinhos de mão e parentes para conseguir o máximo de botijas. A venda foi limitada a 200 botijas
A dona de casa Ângela Maria Venâncio de Sousa, 50, chegou ao local desde às 9h e aguardou até às 11h. “Para a gente aqui que (o preço) está se tornando muito caro, porque estamos comprando a botija de até R$ 90, é um privilégio muito grande. Espero que não seja só desse vez, mas sejam outras vezes também”, disse Ângela Maria.
De acordo com Marcus Ribeiro, representante dos petroleiros de Manaus, a oferta abaixo do preço de mercado visa chamar a atenção da população para o que seria um preço justo para o gás de cozinha e combustíveis em geral. “Na nossa avaliação o preço justo da botija de gás de cozinha é R$ 40. Esse é o nosso preço justo que avaliamos que tem condições de manter os impostos e tem condições de o revendedor ainda lucrar com a botija sendo a R$ 40”, disse.
O petroleiro afirma que esse valor não é praticado devido à atual política de preço colocada pela gestão da Petrobras desde 2016.
A manifestação faz parte da greve dos petroleiros que já dura 13 dias. A categoria reivindica a revisão do fechamento da Ansa/Fafen no Paraná e o cumprimento de cláusulas de Acordos Coletivos de Trabalho da Petrobrás e suas subsidiárias, como a Ansa.
“A nossa greve tem como pauta dois pontos. Primeiro, suspender a demissão de 400 trabalhadores próprios do sistema Petrobras. E o segundo ponto é que a empresa venha respeitar o nosso o nosso acordo coletivo e que ela venha para a mesa de negociação com o intuito realmente de negociar e não impor”, disse Ribeiro.
(Colaborou Jullie Pereira)
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