Por Jullie Pereira, da Redação
MANAUS – O governador do Amazonas, Wilson Lima, afirmou que deve seguir as orientações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no caso das vacinas da Covid-19. O presidente cancelou a compra de 46 milhões de doses da vacina Coronavac desenvolvida pelo Instituto Butantan e pela empresa chinesa Sinovac. Bolsonaro também disse que a vacinação não será obrigatória.
“Continuo seguindo as orientações do governo federal com relação à vacinação e não tenho a menor dúvida de que a primeira vacina que estiver pronta e estiver autorizada pela Anvisa o governo federal vai comprá-la pra fazer a distribuição no país”, disse Lima na manhã desta quinta-feira, 22, ao ser questionado se está de acordo com a decisão de Bolsonaro.
Em 5 de outubro o governador anunciou, em coletiva de imprensa, que estava “animado” com a possibilidade da vacina chegar ao Amazonas a partir de janeiro de 2021. À época, ele tinha acabado de se reunir com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
“Há uma expectativa de que, até o final do ano, essas fases de testagem estejam concluídas e que, a partir de janeiro, essas vacinas comecem a ser disponibilizadas. Então, é uma notícia que nos deixa muito animados, em especial aqui no estado do Amazonas, que foi uma região muito afetada por conta da pandemia”, disse o governador, na época.
Após o anúncio, o governador participou de outra reunião com o ministro e governadores de estados, reafirmando o início da imunização no Amazonas a partir da segunda quinzena de janeiro de 2021.
Apesar da negativa do presidente Bolsonaro para a vacina, Wilson Lima disse que está na expectativa para que as vacinas cheguem ao estado. “Eu continuo na expectativa muito grande de que ela possa chegar o mais rápido possível no Amazonas assim como em outras regiões do país”, afirmou.
Os governadores de São Paulo, Paraíba, Espírito Santo, Maranhão, Rio Grande do Sul, Piauí, Bahia e Ceará já se posicionaram contra a decisão do presidente.