
Por André Marinho, do Estadão Conteúdo
BRASÍLIA – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (20) que o país pretende retomar o controle do Canal do Panamá. Em discurso logo após tomar posse, o republicano acusou os panamenhos de violarem a neutralidade do canal ao cobrar preços elevados aos americanos, incluindo a Marinha.
“E acima de tudo, a China está operando o Canal do Panamá e nós não o demos à China. Nós o demos ao Panamá. E nós o tomaremos de volta”, ressaltou o presidente ao discursar no Capitólio, em Washington D.C.
O presidente Donald Trump também anunciou, em sua fala, que mudará o nome do Golfo do México para “Golfo da América”.
Sem interferência
O presidente do Panamá, José Raul Mulino, afirmou em comunicado que rechaça o discurso de posse de Donald Trump e que o Canal do Panamá “é e continuará sendo” do país da América Latina. Mulino complementa, dizendo que “não há nenhuma nação no mundo que interfira em nossa administração”.
“Sua administração do Canal seguirá sob controle panamenho com respeito à sua neutralidade permanente”, diz o texto.
Além disso, o presidente do país reitera que buscará diálogo para que a soberania total e a propriedade sobre o Canal sejam mantidas, e que a passagem “não foi uma concessão de ninguém, mas o resultado de lutas geracionais e do tratado Torrijos-Carter”.