Campanhas eleitorais milionárias no interior do Estado serão consideradas suspeitas. É que a legislação eleitoral determina que nos municípios com até 10 mil eleitores, o limite para gastos eleitorais será de R$ 100 mil para prefeito e de R$ 10 mil para vereador. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) alertou que candidatos com despesas acima desse valor estão sujeitos à perda do mandato, caso eleitos. Em Manaus, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) determinou o teto de gastos na campanha para prefeito, este ano. É que, em 2012, ela declarou o maior gasto como candidata majoritária: R$ 13.423.622,85. Assim, este ano, o limite para a campanha de prefeito é de R$ 6,7 milhões. O valor obedece à lei, que define que o limite é 70% do maior gasto declarado para o cargo no primeiro turno da eleição anterior. Em caso de segundo turno, como ocorreu em 2012, o limite será de 50%. Para vereador, o teto é bem maior: R$ 19,9 milhões e obedece a mesma regra. Em 2012, o maior gasto de campanha para vereador declarado foi R$ 23,7 milhões. As cifras estimulam uma dúvida: como recuperar investimento desse porte apenas com salário de vereador de R$ 15.031,76 por mês.