MANAUS – O episódio envolvendo a vereadora Joana D’Arc (PR), nesta terça-feira, 30, na CMM (Câmara Municipal de Manaus), foi usado politicamente pela oposição e por ela, em particular. A parlamentar teve a fala cortada pelo presidente Wilker Barreto (PHS), que encerrou a sessão e não permitiu que ela se manifestasse ao microfone. O vídeo divulgado e “viralizado” nas redes sociais mostra apenas um lado da história. A partir do vídeo feito pela assessoria de Joana D’Arc, o público concluiu que ela fora vítima de uma “atrocidade”. A discussão com o presidente da Casa começou bem antes, depois de Joana já ter se manifestado no Grande Expediente da Casa, no tempo destinado aos partidos. Em entrevista ao ATUAL, ela disse que rebateu uma fala da vereadora Glória Carrete, e incomodou outros vereadores. Depois queria falar novamente e o presidente lhe concedeu dois minutos. Joana D’Arc não aceitou e queria três. Wilker afirma que ela não teria mais tempo regimental para se manifestar e que os dois minutos seriam uma concessão. Como ela não aceitou o tempo proposto, o presidente encerrou a sessão e ela ficou sem falar. No discurso que fez para o Facebook, rodeada por vereadores de oposição, Joana disse a seguinte frase: “Eu sem nada me elegi vereadora. Com um processo de ética e sendo perseguida e sofrendo assédio nessa Casa pela presidência, eu tenho certeza que as pessoas pessoas lá de fora vão reconhecer, e eu ganho uma campanha de deputado fácil”. A frase infeliz revela o viés político por trás do fato. Joana D’Arc tenta arregimentar simpatizantes já de olho em 2018.
Não. Ela só foi honesta contra o gângster da Câmara, dentre outros.