Da Redação
MANAUS – Isolados geograficamente e confinados pelo novo coronavírus, pequenos comerciantes de comunidades ribeirinhas no Amazonas são abastecidos com mercadorias com produtos básicos sem custo com a logística e sem juros no financiamento das mercadorias.
A iniciativa é do projeto ‘Taberna do Bem’, coordenado pela FAZ (Fundação Amazonas Sustentável) para reduzir o impacto do isolamento social causado pela pandemia da Covid-19. A FAS coordena a compra e realiza a entrega. Foram duas toneladas de produtos de primeira necessidade, entre alimentos e material de higiene, para abastecer 16 mercearias da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Negro, contemplando oito comunidades entre os municípios de Iranduba, Novo Airão e Manacapuru.
Outra finalidade da ação é preservar a segurança dos moradores, evitando o contato com a cidade e para não correrem o risco de se contaminarem e transmitirem o coronavírus.
De acordo com o coordenador do Programa de Empreendedorismo da FAS, Wildney Mourão, foi liberada uma linha de microcrédito emergencial de R$ 1,3 mil para cada comerciante. O pagamento do microcrédito, segundo ele, poderá ser feito após 90 dias, em 12 parcelas sem juros, começando em outubro.
“É uma forma de ajudar os empreendedores a manterem suas atividades econômicas funcionando, assegurar às famílias o acesso à alimentação na comunidade, gerando assim um impacto socioeconômico positivo para as pessoas que precisam”, diz Wildney.
A ação também faz parte da segunda etapa do projeto ‘Aliança dos Povos Indígenas e Populações Tradicionais e Organizações Parceiras do Amazonas para o Enfrentamento do Coronavírus’, com o apoio de 88 instituições, prefeituras e secretarias.
A execução do ‘Taberna do Bem’ foi possível através de uma campanha de crowdfunding ou financiamento coletivo idealizada pela própria Aliança, através da plataforma Welight, que obteve micro doações de pessoas físicas e empresas parceiras. O site da campanha é esse: www.welight.io/combate-covid-no-am.
Em tempos normais, um empreendedor dessas comunidades pode investir, em média, até R$ 300 somente para se deslocar ao município vizinho e adquirir os produtos para abastecer o comércio.