Da Redação
MANAUS – O Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas) anunciou que não vai se reunir com o governador Wilson Lima (PSC) nesta sexta-feira, 5, para tratar do reajuste da categoria. Na próxima terça-feira, 9, os trabalhadores irão fazer assembleia na quadra do Atlético Rio Negro Clube, às 16h, para decidir se aceitarão a proposta do governo de 3,93% de aumento salarial ou se farão greve.
“Há sim uma grande possibilidade de fazer uma grande greve se ele (governador Wilson Lima) não atender a reivindicação da categoria, não atender a representação da categoria que é o sindicato”, afirmou a presidente do Sinteam, Ana Cristina Rodrigues.
Os trabalhadores pedem reajuste de 15% e afirmam que o percentual de 3,93% é referente à defasagem salarial e 2% relativo ao enquadramento na progressão horizontal que, segundo Ana Rodrigues, está atrasado desde dezembro de 2017 e não beneficia todos os trabalhadores.
Nessa terça-feira, 2, o secretário de Educação Luiz Castro disse que que só pode dar 3,93% devido as exigências da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). O secretário pediu para os professores não prejudicarem os alunos “diante de um único ponto em que não há um entendimento”.
Ana Cristina Rodrigues lembrou que os líderes do Sinteam conversaram com o governador em exercício Carlos Almeida Filho (PRTB), nessa terça, mas não houve acordo. Eles disseram que Almeida Filho apenas os cumprimentou e se retirou do local.
“O vice-governador fez um ensaio de nos atender, entretanto, não nos atendeu. Saímos de lá com a proposta de uma reunião com o secretário da Sefaz e o governador em exercício, o que a categoria não aceita, uma vez que nós já tivemos reunião na Secretaria de Fazenda, mas o governador em si não se pronunciou a respeito de abrir uma agenda para estarmos centrando e abrindo negociação com ele”, afirmou a presidente do Sinteam.
Para Ana Cristina Rodrigues, há uma grande possibilidade” de greve nas próximas semanas caso o governo não atenda as reivindicações da categoria. A assembleia de terça-feira, 9, que decidirá sobre a paralisação das atividades também acontecerá nos municípios do Amazonas.
“É uma pena que nós tenhamos que chegar a esse ponto. Nós esperávamos muito mais de um governo que disse em campanha fez muitas promessas nessa categoria e até o presente momento se mostra sem habilidade de estar negociando com a representação da categoria”, afirmou Ana Cristina