
Do ATUAL
MANAUS – O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Amazonas e a Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) repudiam “veemente” as decisões da Justiça do Amazonas contra o site de notícias Amazonas ATUAL sob alegação de invadir intimidade de juiz.
Em nota pública, o Sinjor-AM e a Fenaj enfatizam que matéria publicada pelo Amazonas ATUAL narra apenas os fatos referentes aos atos praticados pelo juiz de Direito no exercício do cargo público.
“Não existindo na matéria jornalística, nenhuma prática que desabone a imagem do magistrado, ou seja, a matéria jornalística veiculada pelo site AMAZONAS ATUAL, traz apenas elementos concretos e fáticos, visando sempre a informação transparente de forma imparcial e responsável à população, exercendo o seu direito Constitucional jornalístico”, afirmam as entidades.
A notícia veiculada no ATUAL em 2022 versa sobre uma representação do Procurador Geral de Justiça do Amazonas em que pede abertura de inquérito para investigar um juiz que liberou o pagamento de uma indenização milionária, no valor de R$ 25 milhões, a ex-funcionários do Banco BEA, comprado pelo Banco Bradesco.
Esse fato gerou uma ação por danos morais e uma condenação em primeira instância ao site, que irá recorrer.
Confira a nota do Sinjor e da Fenaj na íntegra.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Amazonas – SINJOR/AM e a Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ repudiam de forma veemente as decisões da Justiça do Amazonas contra o Site AMAZONAS ATUAL referente notícia de fato público, as quais alegam que o veículo de comunicação estava praticando invasão de intimidade contra o juiz de Direito, Manuel Amaro Pereira de Lima.
O mencionado juiz alegou nos autos do processo que o site AMAZONAS ATUAL violou o segredo de Justiça, pois todo processo contra magistrado no Tribunal de Justiça do Amazonas – TJAM deve tramitar sob segredo. Segundo declarações do proprietário do site, jornalista Walmir Lima, o veículo de comunicação não violou o segredo de Justiça e, para comprovar tal situação, solicitou uma perícia com o objetivo de comprovar que o processo não se encontrava em sigilo. Tal solicitação foi negada pelo juiz de Direito, Roberto Taketomi, titular da Segunda Vara Cível e de Acidentes do Trabalho da comarca de Manaus.
O juiz Manuel Amaro ao ajuizar a ação contra o site jornalístico alegou que o texto da matéria externou sua vida particular, tendo seu íntimo abalado após ver detalhes da vida privada indevidamente expostos na matéria.
A matéria publicada narra apenas os fatos referentes aos atos praticados pelo juiz de Direito no exercício do cargo público. Bem como a determinação para abertura de inquérito judicial pela ministra Nancy Andrighi, do STJ (Superior Tribunal de Justiça) ao chefe do Ministério Público do Amazonas – MP/AM, para apurar o caso e a quebra do sigilo fiscal e bancário do magistrado. Não existindo na matéria jornalística, nenhuma prática que desabone a imagem do magistrado, ou seja, a matéria jornalística veiculada pelo site AMAZONAS ATUAL, traz apenas elementos concretos e fáticos, visando sempre a informação transparente de forma imparcial e responsável à população, exercendo o seu direito Constitucional jornalístico.