Da Redação
MANAUS – O MP-AM (Ministério Público do Amazonas) denunciou à Justiça sete integrantes da quadrilha responsável pelos ataques a prédios e veículos públicos e incêndios criminosos em Lábrea (a 702 quilômetros de Manaus), em fevereiro deste ano.
O grupo, do qual também faziam parte cinco adolescentes, atacou e incendiou o Posto de Saúde Raimundo Mendes e o Hospital Regional de Lábrea, causando danos e colocando em risco a vida e a integridade física das pessoas que se encontravam nas unidades de saúde.
Segundo as investigações, os atentados foram motivados pela atuação da Polícia Civil no município, que vinha realizando inúmeras revistas na Delegacia onde se encontram os presos provisórios para apreender drogas e celulares.
“A facção criminosa pretendia estabelecer o terror na cidade, de forma semelhante aos acontecimentos ocorridos na mesma época, no Estado do Ceará”, disse o promotor Rodrigo Nicoletti.
Foram denunciados Antônio Lucas dos Santos Evangelista, 20; Bruno de Souza Santos, 20; Eduardo de Souza da Silva, 21; Franquimar Ribeiro Monteiro, 28; Leonardo Marques da Silva, 20; Mizael de Souza Paulino, 18; e Jefferson Rodrigues Pinheiro, 22; todos por incêndio em prédio público (art. 250, § 1º, II, CP), integrar organização criminosa (art. 2º da Lei nº 12.850/2013) e corrupção de menores (art. 244-B da Lei nº 8.069/90). Dos sete denunciados, apenas Jefferson Rodrigues Pinheiro permanece em liberdade.
Organização criminosa
A organização criminosa era liderada por Leonardo Marques que teria idealizado o crime e dado a ordem de atear fogo nas repartições e veículos públicos de Lábrea. Duas reuniões foram realizadas ainda em janeiro, antes da terceira, que antecedeu a execução do crime.
Divididos em dois grupos, os ataques foram realizados de forma quase simultânea. Enquanto um grupo atacava o Hospital Geral, na Estrada do Aeroporto, o outro investia contra a UBS Raimundo Domingos de Souza, no bairro Barra Limpa.
No Hospital, os criminosos jogaram bombas incendiárias nas paredes, quebraram as janelas, despejaram gasolina dentro do prédio e atearam fogo. O carro funerário e a ambulância foram incendiados pelo segundo grupo de criminosos, depois do atentado à UBS, onde foram incendiados materiais diversos.