Por Henderson Martins, da Redação
MANAUS – O sequestro e apreensão de bens dos envolvidos na operação ‘Maus Caminhos’, em Manaus, somam 37 imóveis, um avião, joias e 12 carros de luxo. Apenas do ex-secretário da Casa Civil, Raul Zaidan, a Justiça determinou o sequestro de 12 apartamentos, seis terrenos, três casa, uma sala comercial e uma obra residencial unifamiliar. É o maior número de bens de um dos envolvidos na investigação da PF (Polícia Federal), MPF (Ministério Público Federal) e CGU (Controladoria Geral da União).
A indisponibilidade dos bens é procedimento padrão em investigações que envolvem desvios de recursos públicos. O patrimônio serve para repor possíveis danos ao erário.
Outro ex-secretário do ex-governador José Melo (Pros), Afonso Lobo (Fazenda) está sem poder negociar um terreno. O irmão do ex-governador, Evandro Melo (Administração), teve dois apartamentos ‘sequestrados’. Pedro Elias, ex-secretário de Saúde, não pode negociar um apartamento e Wilson Alecrim, também ex-secretário de Saúde, está com uma sala comercial indisponível. Além dos ex-assessores, a conta inclui bens de envolvidos que ainda estão sendo investigados.
Os ex-secretários foram presos na Operação ‘Custo Político’, segunda-feira da ‘Maus Caminhos’, que investiga o desvio de dinheiro público em contratos de serviços de saúde no Amazonas. Eles são suspeitos de receberem propina para facilitar os contratos de empresas terceirizadas. Todos os ex-secretários já foram soltos após fim do prazo da prisão temporária.
Carrões
Entre os bens tornados indisponíveis também estão dois veículos de Pedro Elias, com valores estimados em mais de R$ 80 mil. Afonso Lobo ficou sem um carro avaliado em R$ 40 mil. Evandro Melo também ficou sem um automóvel avaliado em R$ 113 mil. Já Raul Zaidan teve cinco veículos ‘sequestrados’ pela Justiça. Os valores dos carros, somados, chegam a R$ 480 mil.
A Polícia Federal também apreendeu um veículo no nome de Marinete Mendes, no valor estimado de R$ 34.292,00, outro em nome de Isaac Bemerguy, no valor de R$ 55.787,00, e um pertencente a Suely Rosalinda Aleixo Lobo, avaliado em R$ 40.653,00.
De acordo com o delegado Alexandre Teixeira, coordenador da operação e chefe da Delegacia de Repreensão a Corrupção e Crimes Financeiros da PF, os bens serão avaliados por peritos para saber se foram adquiridos com dinheiro desviado do esquema de corrupção.