Da Redação
MANAUS – O ácido úrico produzido no organismo após a digestão de proteínas pode acarretar em quadros inflamatórios nas articulações, que atinge 13% da população brasileira, e potencializa os riscos de se desenvolver a artrite gatosa, mais conhecida como “gota”. Dor intensa e sensibilidade nas articulações são os principais sintomas da doença, informa a Associação Segeam (Sustentabilidade, Empreendedorismo e Gestão em Saúde do Amazonas).
De acordo com a enfermeira e presidente da Segeam, Karina Barros, a gota tem início com o acúmulo de ácido úrico no sangue e nos tecidos, levando à formação de cristais que acabam depositados nas articulações.
Pesquisas têm apontado que o consumo de proteína animal, como a carne vermelha em excesso, aumenta a produção de ácido úrico no organismo, levando aos processos inflamatórios. Outro fator de risco para a alteração é a prática contínua de jejuns prolongados.
Os sintomas podem incluir, segundo ela, vermelhidão nessas regiões, dificuldade de se movimentar e inchaço. A forma crônica da doença exige dieta restritiva indicada por nutricionista ou nutrólogo, com acompanhamento periódico, além de outras mudanças comportamentais e o uso de medicamento com acompanhamento médico.
O aumento do ácido úrico é detectado através de exames complementares de diagnóstico, a exemplo dos laboratoriais, que medem a dosagem o sangue. O limite normal de ácido úrico para homens é de 400 µmol/L (6,8 mg/dL), e para mulheres, é de 360 µmol/L (6 mg/dL).
“É o tipo de alteração que pode durar anos ou até uma vida inteira, mas que tem controle se o tratamento for seguido à risca”, explica Barros. Por isso, recomenda-se um check up médico, uma vez ao ano, para a avaliação das taxas em geral. No caso do ácido úrico, a medida é importante, pois, na maioria das pessoas, o aumento dos níveis não apresenta sintomas inicialmente.
A prática regular de exercícios físicos ameniza os sintomas da doença. O consumo de bebidas alcoólicas também pode ser prejudicial. Por isso, recomenda-se que seja evitado por pessoas com esse perfil clínico.