Da Redação
MANAUS – O vereador de Manaus e farmacêutico Marcelo Serafim (PSB) afirma que a menos que haja uma nova cepa da Covid-19 contra a qual a vacina não seja eficaz, falar em terceira onda da pandemia é alarmismo. Segundo ele, a redução de mortes pelo novo coronavírus e sepultamentos indicam uma estabilidade e a vacinação e manutenção dos cuidados de prevenção podem evitar uma terceira onda na capital.
Marcelo Serafim afirma que o que gerou a segunda onda foi uma variante mais transmissível, a P1, que a da primeira onda da doença. “Essa variante, mais transmissível, acabou infectando um grande número de pessoas no mês de janeiro em Manaus e fazendo todo aquele estrago. Nós, hoje, estamos vendo a mesma coisa acontecer no resto do Brasil”, diz.
Marcelo Serafim compara os picos de mortes por Covid-19 nas duas ondas e cita a queda no número de óbitos do segundo momento. “Os óbitos por Covid, que lá na primeira onda o máximo foi 1.073 óbitos no mês de abril, na segunda onda tivemos um mês de janeiro extremamente mortal, com 2.697 (mortes). Mas observem a queda no gráfico. No mês de março esse quantitativo de óbitos já foi de 306”, diz.
Segundo o farmacêutico, também é importante analisar os dados de sepultamentos, pois as mortes podem ser subnotificadas, mas os enterros não.
“Nós tivemos agora na segunda onda um pico de sepultamentos de 178 e 180, que aconteceram no mês de janeiro. E na sequência esses números vêm caindo. E agora a gente está vivendo uma estabilidade nas últimas semanas. Vocês veem que mesmo com toda a abertura do comércio não houve um aumento significativo no número dessas mortes”, diz.
Marcelo Serafim diz ainda que de quase 3,5 mil pacientes internados no pico da segunda onda, hoje a média é de 800 hospitalizados pelo novo coronavírus.
Aliado a isso, o vereador afirma que Manaus tem avançado nos grupos etários da vacinação, alcançando os que mais morrem quando contaminados pelo coronavírus.
“As pessoas com mais de 60 anos já são 90% imunizados. E agora, nas próximas semanas, irão terminar todos os pacientes com comorbidades. Para vocês terem uma ideia, quando a gente analisa por faixa etária, cerca de 70% das pessoas estão acima dos 60 anos quando morrem. Quando vamos para as comorbidades esses 30% restantes, mais ou menos, 70% de quem morreu também tinha comorbidade”, diz.
“O que ajuda é você se proteger, evitar aglomeração, lavar bem as mãos, evitar contato muito direto com as pessoas, utilizar sempre as máscaras e usar álcool em gel”, afirma.