
Da Redação
MANAUS – Sem a incidência de impostos estaduais e federais, o preço do litro da gasolina em Manaus seria de R$ 2,68, segundo cálculos do deputado estadual Serafim Corrêa (PSB). Somente de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), cobrado pelos estados, a incidência é de 29%. O governo federal abocanha 15% com o CID e 44% com o PIS/Cofins) na gasolina. Na capital, o valor médio do litro gasolina é de R$ 4,79, sendo que R$ 2,11 (44%) são de impostos.
“Com tributos, o litro da gasolina custa R$ 4,79, se zerarmos os tributos estaduais e federais pagaríamos R$ 2,68. E se resolvessem reduzir pelo menos a metade desses tributos, que é 22%, a gasolina custaria R$ 3,73”, disse Serafim, que é tributarista.
Serafim Corrêa aproveitou para criticar a postura dos governadores e do presidente Jair Bolsonaro, que desafiou os estados a zerar o ICMS. “O presidente provocou os governadores dizendo que o problema são os tributos estaduais, no caso, o ICMS, e os governadores, ao meu entender, infantilmente, responderam que o presidente da República deveria era diminuir os tributos federais, que respondem por 15% do preço final. O presidente, na emoção, vem e dá um xeque-mate nos governadores, dizendo que zera PIS/Cofins se os governadores zerarem o ICMS. Ora, aí a gasolina baixa para R$ 2,68, só que o Amazonas vai perder 20% da sua receita de ICMS, algo em torno de R$ 2 bilhões em 2020”, afirmou o deputado.
Para o líder do PSB na ALE, com R$ 2 bilhões a menos na receita, o estado do Amazonas entra em ‘colapso absoluto’. “Mas repito: diminuir o percentual da tributação sobre os combustível é necessário. O que defendo é que é preciso existir bom senso, racionalidade e menos emoção. Na emoção a gente não chega a lugar nenhum. Na emoção a gente ganha eleição, agora é com a razão que a gente tem que governar”, disse.
O governador do Amazonas, Wilson Lima, não se manifestou sobre a provocação do presidente Jair Bolsonaro.

